Símbolo do Brasil no Dakar, André Azevedo volta às
suas origens e encara pela primeira vez a prova de motos no Rally Cerapió
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Símbolo do Brasil no Dakar, André Azevedo |
Depois de encerrar sua última temporada em
competições oficiais no ano de 2012, especialmente depois de 14 anos competindo
na modalidade caminhões, o piloto paulista André Azevedo está de volta à
modalidade motos, isso porque foi nas motos que ele começou no off-road, na
qual disputou provas durante 10 anos, já tendo encarado grandes competições
também nos carros 4x4. Mas agora, em 2014, um dos competidores mais conhecidos
do meio volta e começando a temporada no maior rali de regularidade das
Américas, o Cerapió, na categoria sênior, disputando a prova entre competidores
de todo o Brasil.
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André Azevedo com Klever Kolberg 1989 |
“Resgatei meu título de engenheiro Civil e atuo na
área da construção civil. Agora com mais tempo para descobrir e retornar às
aventuras que sempre gostei, de moto no fora de estrada. Com a experiência que
tive no Rali Paris Dakar, antes como sonho e depois como participante (foram 10
edições em moto, 01 em carro e 14 em caminhões), posso afirmar que gosto muito
da emoção da competição, entretanto mais ainda a atração pela aventura”, disse
Azevedo, que diz estar se inteirando com os equipamentos de navegação e
acompanhando as informações técnicas do Cerapió. O ex-piloto da equipe oficial
da Lubrax no Rali Dakar tem um histórico impressionante em competições
nacionais e internacionais. De 1988 a 2012, foram 25 edições no Rali Paris-
Dakar, 16 do Rali dos Sertões, duas edições do Rally dos Incas (Peru), dois
ralis dos Faraós (Egito) e uma participação no Rali Paris-Moscou-Pequim, além
de muitos troféus.
O piloto paulista vai integrar a equipe Of Rush,
coordenada pelo ex-piloto de moto Juca Vilella, que tem vários nomes
experientes e como fortes candidatos a subirem no pódio em categorias variadas,
como o vice-campeão brasiloeiro máster, capixaba Jomar Grecco. “O Juca é
um entusiasta do fora de estrada, tem a representação das motos Sherco no
Brasil e foi por esta afinidade que surgiu esta oportunidade de estar presente
no Cerapió de 2014. Esta é uma prova que acompanho desde o seu início, pois tem
quase a coincidência de datas com o meu início no Rali Dakar 1988 (o primeiro
Cerapió aconteceu em 1987). Como este enduro-rali sempre é realizado no final
de janeiro, nunca tinha disponibilidade de participar, pois algumas vezes até
coincidia com o final do Rali Dakar, um rali de 15 dias e 10.000 quilômetros”,
destaca Azevedo.
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André Azevedo no Dakar |
Azevedo fala que pelo prazer de andar de moto,
nunca abandonou totalmente o gosto de pilotar sobre duas rodas, só se continha
mais em relação às consequências de um possível acidente, devido ao compromisso
como piloto de carro ou caminhão. “A preparação física é diferente, entretanto
tenho a memória de quando participava do Dakar de moto e as etapas eram mais
duras que as atuais, pelas distâncias maiores e pelos locais, como o deserto do
Saara, e tamanho das motocicletas, mais pesadas e com motores maiores. A parte
técnica de pilotagem nas trilhas é a que mais pratico, em minha região de São
Jose dos Campos, Serra do Mar, da Mantiqueira e Vale do Paraíba”, destacou.
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O piloto informou que participou este ano do Enduro
da Independência, em Minas Gerais, e foi um prazer reencontrar alguns amigos e
gente nova que lhe parava para conversar ou lhe dar os parabéns pelos anos que
representou o Brasil internacionalmente. “É uma gratificação que tenho quando
encontro com estes novos amigos que faço nas trilhas. O desafio é minha
superação sem buscar resultados; este ritmo de aventura é muito gostoso e
sempre a adrenalina é descarregada no meu sistema circulatório. Espero chegar
ao final das quatro etapas do Cerapió e descobrir detalhes importantes da Rota
das Emoções, sem a preocupação com resultados e sim de fazer novos amigos e me
divertir bastante”, diz o piloto, afirmando que já conhece algumas regiões por
onde o rali passará, como o Delta do Parnaíba, no litoral piauiense, e os
Lençóis Maranhenses, onde a prova terminará nesta edição dos 27 anos.
“Agora acho que vou descobrir com mais intensidade
caminhos que irão me surpreender no Cerapió, pelas narrativas que alguns
amigos. Estou achando muito bom essa variedade de terreno que a prova
apresenta, pois será algo parecido quando cruzei o deserto do Saara ou do
Atacama. O rali é uma enorme vitrine para todos os temas, como o turismo; o
Cerapió é um instrumento muito bom para a divulgação dessas paisagens. Com
certeza vou ter em minhas lembranças muitas emoções para contar para as pessoas
que não participaram ainda. Muitos aventureiros ou pilotos que não têm a verba
suficiente para sua participação em um Rali Dakar, esta é uma ótima
oportunidade para sentirem a adrenalina da aventura com muitas emoções e
voltarem para suas casas com muitas histórias para contar. Espero fazer meu
mini-Dakar aqui”, disse a fera.
Edição do Jornal da
Parnaíba
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