segunda-feira, novembro 11, 2013

Famílias estariam vivendo em condições precárias em assentamento no litoral

Maklandel Aquino, advogado das famílias
Cerca de 40 famílias estariam vivendo em condições precárias no Assentamento Canaã do Norte, localizado na região dos Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba. As famílias, que antes viviam assentadas à margem da BR 316, na saída de Teresina para Demerval Lobão, foram encaminhadas pelo INCRA para o norte do Estado há mais de um ano. A denúncia foi feita pelo advogado das famílias, que diz que eles estariam morando em um 'estábulo'.

Os trabalhadores rurais teriam se mudado para Parnaíba, após acordo com Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA de que receberiam financiamento para construção de moradias e para produção. “O INCRA negociou com eles para irem para o assentamento no início de 2012, com promessa de financiamento de moradias, mas essa verba nunca chegou. Muitas famílias já até desistiram e saíram de lá”, afirma Maklandel Aquino, advogado das famílias.

O superintendente do Incra, Francisco Lima, irá se reunir com alguns representantes dos assentados nesta terça-feira (12), para tratar sobre a liberação do crédito. De acordo com o advogado das famílias, os assentados irão solicitar a liberação do financiamento além de pedir que o Incra não envie mais famílias para o local.

“Houve mudanças na estratégia do INCRA para a implantação das moradias. Agora as casas serão feitas dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida. Tem um atraso, parte por responsabilidade do Incra e parte deles também. Para as casas serem feitas, as famílias têm que escolher a instituição que vai elaborar o projeto. Eles haviam escolhido uma instituição, mas parece que ela desistiu. Não tenho certeza ainda”, informa o superintendente Francisco Lima.

Quanto a ida de mais famílias para o assentamento, Francisco Lima, diz que no Assentamento Canaã do Norte, ainda tem 15 vagas e que outras famílias  estão interessadas em ir para lá. "Existem cerca de 15 vagas no assentamento. E outras famílias que também estão assentadas na BR 316, estão interessadas em ir para o assentamento. Então elas devem ser encaminhadas para lá também", acrescenta. No entanto, as pessoas que estão chegando agora, fazem parte de movimentos sociais diferente dos que as famílias que já estão assentadas participam, o que tem gerado conflitos de interesse.


Edição do Jornal da Parnaíba | Por Karla Danielle da Silva/PortalAZ

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