Nau de Nicolau Resende naufragou com toda sua fotuna |
A presença de um delta em mar aberto, fora o
atrativo para que navegadores e aventureiros como Nicolau Resende (1571), navegante que descobriu o Delta do Rio Parnaíba e que teria sido primeiro homem civilizado a percorrer os caminhos do delta,
Gabriel Soares de Sousa (1587), Pero Coelho de Sousa (1602), Martin Soares de
Sousa (1631) e Vital Maciel Parente (1614) além de Padres Jesuítas,
pesquisadores e outros.
Em 1613 – Martim Soares Moreno penetrou no Piauí pelo litoral, na sua barca Santa Catarina, acompanhado pelos pilotos Sebastião Martins e Afonso Gonçalves.
Bem acolhidos pelos índios que habitavam o delta do Rio Grande dos Tapuias, navegaram algumas léguas do grande rio. Fizessem incursões e explorassem a região de Parnaíba, dando notícia sobre a grandiosidade do Rio existente e do seu Delta, muito antes da chegada dos Bandeirantes Paulistas, desbravadores e colonizadores do Piauí.
Ainda em 1613, Jerônimo de Albuquerque, procedente de Pernambuco, atravessou o litoral piauiense com destino ao maranhão afim de dali expulsar os franceses. Em Parnaíba, Jerônimo de Albuquerque encontrou-se com Martim Soares Moreno.
Em 1613 – Martim Soares Moreno penetrou no Piauí pelo litoral, na sua barca Santa Catarina, acompanhado pelos pilotos Sebastião Martins e Afonso Gonçalves.
Bem acolhidos pelos índios que habitavam o delta do Rio Grande dos Tapuias, navegaram algumas léguas do grande rio. Fizessem incursões e explorassem a região de Parnaíba, dando notícia sobre a grandiosidade do Rio existente e do seu Delta, muito antes da chegada dos Bandeirantes Paulistas, desbravadores e colonizadores do Piauí.
Ainda em 1613, Jerônimo de Albuquerque, procedente de Pernambuco, atravessou o litoral piauiense com destino ao maranhão afim de dali expulsar os franceses. Em Parnaíba, Jerônimo de Albuquerque encontrou-se com Martim Soares Moreno.
A região do delta do Rio Parnaíba, povoada por
Tremembés, foi o alvo de uma intensa ação dos jesuítas. Já em 1607, registra-se
a presença de jesuítas na região, quando o Padre Luís Filgueiras atravessou o
Rio Parnaíba com alguns de seus comandados para se estabelecer no Maranhão,
fugindo de novos ataques indígenas nos contrafortes da Ibiapaba, quando deixou
para trás o corpo de seu companheiro de expedição: Padre Francisco Pinto, morto
com crueldade pelos Tacajirus no planalto ibiapabano.
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Nicolau de Resende |
Em 1669, século XVII, Leonardo de Sá e seus
companheiros desbravaram a região entre o Rio Igaraçu e a Serra da Ibiapaba e
travaram forte combate com os Tremembés, índios nadadores, terríveis que
dominavam toda região do Delta, parte do litoral do Maranhão e do Ceará. Os
Tremembés foram apelidados de peixes racionais porque saqueavam embarcações com
excelentes mergulhos, e permaneceram na região, durante muitos anos defendendo
suas tabas.
Dois núcleos deram origem à cidade de Parnaíba: o
Testa Branca e o Porto das Barcas.
O Testa Branca era uma grande fazenda de gado e que
mais tarde, tornou-se num arraial com poucos habitantes e poucas possibilidades
de desenvolvimento. Segundo alguns historiadores, o termo ‘testa branca’ foi
designado pela existência de uma rês com a testa branca que vivia ali e que
simbolizava as areias brancas presentes no povoado.
Quando ocorre a instalação do governo autônomo do Piauí, separado do Maranhão, com a posse do primeiro governador, João Pereira Caldas, em 20 de setembro de 1759, a capitania ganhou maior dinamismo e pôde, na medida do possível, executar as determinações régias do Conselho Ultramarino e implementar outras de iniciativa próprias. Em 29 de julho de 1759, a Carta Régia autorizou o governo da capitania a criação de novas vilas, mas João Pereira só leva a efeito essa autorização em 1762, quando funda na capitania mais seis novas vilas, entre elas Parnaíba.
Quando ocorre a instalação do governo autônomo do Piauí, separado do Maranhão, com a posse do primeiro governador, João Pereira Caldas, em 20 de setembro de 1759, a capitania ganhou maior dinamismo e pôde, na medida do possível, executar as determinações régias do Conselho Ultramarino e implementar outras de iniciativa próprias. Em 29 de julho de 1759, a Carta Régia autorizou o governo da capitania a criação de novas vilas, mas João Pereira só leva a efeito essa autorização em 1762, quando funda na capitania mais seis novas vilas, entre elas Parnaíba.
Primeira celebração da semana santa:
1660 – O padre Antonio Viera atravessou o território piauiense procedente do Maranhão, com destino à Serra da Ibiapaba, afim de ali inspecionar os aldeamentos indígenas da Missão de S. Francisco Xavier, dirigidas pelos jesuítas, onde os atos da Semana Santa foram celebrados pela primeira vez no Piauí.
1660 – O padre Antonio Viera atravessou o território piauiense procedente do Maranhão, com destino à Serra da Ibiapaba, afim de ali inspecionar os aldeamentos indígenas da Missão de S. Francisco Xavier, dirigidas pelos jesuítas, onde os atos da Semana Santa foram celebrados pela primeira vez no Piauí.
A escolha da sede da nova vila recai sobre a
povoação de Testa Branca que passou a chamar-se de Vila de São João da Parnaíba
em 18 de agosto de 1762, nesta época o povoado contava apenas com quatro
residências, oito brancos livres e onze escravos. Enquanto no interior da vila
o número de residências era 330, e contava-se com 1.747 brancos livres e 602
escravos.
Essa atitude do governador João Pereira Caldas de
elevar a sede da vila na localidade Testa Branca, foi por demais
incompreendida, uma vez que no Porto das Barcas já existia o Pelourinho,
símbolo da autonomia municipal. Para desenvolver o povoado Testa Branca havia o
compromisso firmado pelos comerciantes junto ao governador durante a fundação,
que era de construir 59 casas, mas que tal acordo nunca foi cumprido. Ao
contrário: em 1769 a Câmara, instalada no Porto das Barcas, proíbe novas
edificações em Testa Branca.
O Porto das Barcas – antes denominado Porto Salgado
– situado à margem direita do Rio Igaraçu, prosperou devido a grande agitação
de embarcações, tornando-se numa feitoria crescente do comércio que teve
notável impulso, administrado pelo português João Paulo Diniz, proprietário de
oficinas de carnes secas, situadas a 80 léguas da foz do Rio Parnaíba; aquele
trazia em suas sumacas (barcas) gêneros alimentícios e charque para enriquecer
o comércio de Parnaíba, além de várias fazendas, foi arrendatário da Ilha do
Caju.
Em 1711 com a ajuda do coronel Pedro Barbosa Leal e
alguns moradores, João Paulo Diniz constrói uma pequena capela para Nossa Senhora
de Mont Serrat, imagem vinda de Portugal, e que foi venerada como Padroeira da
Feitoria, mas a imagem fora levada à Matriz de Piracuruca em 1712, devido
aos ataques dos índios tremembés na feitoria. Vale enfatizar que João Paulo
Diniz precedeu a Domingos Dias da Silva na exploração do comércio de carne
seca, o charque, com grande êxito. Com isso, foi sem dúvida o iniciador da
colonização e do desenvolvimento de nosso município junto ao município junto ao
coronel Pedro Barbosa Leal, também português.
Destaca-se também como assentador do Marco
Histórico e de desbravador da Região Norte do Piauí – Parnaíba – o português
Domingos Dias da Silva, em 1758 procedente do Rio Grande do Sul, trouxe
fabulosa fortuna em ouro e prata, instalou-se aqui e conquistou grande
patrimônio tornando-se notável fazendeiro, grande agricultor e respeitado
comerciante. Como era um homem de grande visão, efetivou comércio direto com
Lisboa para exportar seus produtos e importar os que careciam.
Domingos Dias da Silva estimulou o comércio como um
verdadeiro líder e dominou economicamente o Piauí e parte do Maranhão. O
charque, carne desidratada pelo sol e vento, era vendida para Pernambuco, Pará,
Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro. O notável comerciante, logo construiu um
palacete para sua residência. Após a sua morte ocorrida em 1793, os seus filhos
Raimundo e Simplício Dias da Silva, herdaram uma grande riqueza.
Em 1770 o governador Gonçalo Botelho de Castro
transferi oficialmente a sede da vila de Testa Branca para o Porto das Barcas
por este apresentar um pomposo desenvolvimento comercial. Neste mesmo ano
(1770), deu-se início a construção da Igreja Nossa da Graça, atualmente
Catedral, uma das poucas construções do estilo barroco em nosso Estado.
O comércio de escravos significavam também um
altíssimo investimento, pois grandes lotes de escravos eram vendidos para o
Maranhão, Ceará e municípios vizinhos. Os jovens escravos negros tinham seus
preços superiores a idades, igual ou superior a 50 anos, enquanto as escravas
só tinham os seus valores superiores aos dos homens quando apresentavam
habilidades domésticas e ainda se fossem consideradas como geradoras de novos
escravos.
Simplício Dias da Silva – homem de grande prestígio
em todas as esferas sociais – possuía cerca de 1.800 escravos, organizados
militarmente com armas, educados e preparados em sua maioria em Lisboa e Rio de
Janeiro.

Vasconcelos por ato de Dom João VI foi edificada a Alfândega em 22 de agosto 1817 que teve por finalidade estabelecer o controle de escravos que chegavam na vila e dos que já existiam.
Em 17 de setembro de 1829, falece na vila,
Simplício Dias da Silva.
Em 14 de agosto de 1844, a Vila São João da
Parnaíba é elevada a categoria de cidade pela Lei nº 166 promulgada pelo
presidente da Província do Piauí, José Ildefonso de Sousa Ramos. A cidade
recebeu o nome de Parnaíba, cujo significado é rio ruim, de águas barrentas,
rio não navegável, na língua tupi guarani, em homenagem ao berço natal do
desbravador Domingos Jorge Velho, nascido na vila de Parnaíba, em São Paulo.
Por José Wilson | Jornal da
Parnaíba
Com informações da PMP
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