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Papa Francisco beija imagem de Nossa Senhora Aparecida |
Estava a ver a TV Globo, quando de repente surge a presença de
conhecida e popular figura pública. Atentei, na esperança de ouvir opiniões de
destacada personalidade. Falou sobre si, dos seus sucessos, dos prémios que
recebeu, e a determinado momento sai-se com esta: “ Tenho muita fé na Senhora Aparecida, mas para mim a Santa Forte é a
de Fátima!” - e solta jovial gargalhada, que valeu salva de palmas da
assistência.
Pus-me, então, a pensar: Como é que alguém, com a projeção daquela
notável figura, pode asseverar, perante as câmaras, tal coisa?
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Fiéis e adoração a Nossa Senhora de Fátima |
Sei que a ignorância religiosa não tem limites, mesmo em quem possui
grau académico e frequente o culto; mas afirmar que a Santa de Aparecida é
menos “taumaturga” de que a de Fátima, é desconhecer quem é Nossa Senhora; é
desconhecer quem é a Mãe de Jesus; é desconhecer o Evangelho.
Custa-me acreditar, mas sei que há milhares, para não dizer milhões de
crentes e não crentes, que pensam que cada evocação a Maria, é uma Santa.
Sei que milhares de pessoas percorrem largas distâncias, para pagar
promessas e pedir graças, à Virgem, pensando que a “imagem” que se encontra na
sua paróquia é menos milagreira, que a do santuário mariano.
Padre António Vieira, conta, com grande beleza, que foi um estatuário,
ao monte, cortar um cepo. Fende-o em duas metades: uma lança ao fogo, para se
aquecer, a outra, transforma-a num ídolo; e termina, afirmando - que fica
pasmado, porque sendo ambas as partes do mesmo cepo, uma seja adorado e outra
queimada!
Também fico pasmado, ao ouvir figuras públicas, abordar temas
religiosos, e muito mais quando de declaram crentes.
Se outrora a Igreja, não esclarecia devidamente os fiéis, atualmente
não há razão para tanto desconhecimento.
Em muitas paróquias há catequese para adultos. Existem cursos bíblicos,
gratuitos, por correspondência; e na Internet há sites de ótima qualidade sobre
o tema.
A difusão da Bíblia foi de tal forma feita, que só não possui um
exemplar, pelo menos do Novo Testamento, quem não quer.
Afirmações, como esta, que ouvi na TV Globo, há anos, ditas por quem se
declara crente, nada dignifica quem o diz e são demonstrativas que há ainda
muito para evangelizar.
É urgente cristianizar os cristãos, como dizia certo religioso da Ordem
Menor, no tempo da minha adolescência.
Por Humberto Pinho da Silva
Da redação do Jornal da Parnaíba
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