quinta-feira, julho 04, 2013

Rio Parnaíba terá força tarefa com poder de polícia formados por Ibama, Agespisa e Secretarias de Meio ambiente

Agespisa solicita força tarefa para fiscalizar poluição no Rio Parnaíba e marcou um reunião de emergência que foi realizada nesta quinta-feira (4) no órgão. O cronograma de fiscalização será definido nesta sexta-feira (5). Será criada uma força tarefa com poder de polícia irá punir as empresas poluidoras do rio. Agespisa, Ibama e secretarias de meio ambiente terão poder de polícia para investigar poluição do rio Parnaíba.

O aumento da poluição do Rio Parnaíba foi discutido em uma reunião na Agespisa com órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental de Teresina nesta quinta-feira (4). Representantes das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente e do IBAMA participaram do encontro na sede da companhia para tratar do assunto.

O presidente da Agespisa, Antonio Filho, propôs, durante uma reunião com o Ibama e as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente, nesta quinta-feira (4), uma Força Tarefa com poder de polícia para identificar as empresas que estão poluindo o rio Parnaíba. A iniciativa se dá após a interrupção de produção de água na Estação de Tratamento devido à constatação da má qualidade da água. Os quatro órgãos formarão a Força Tarefa que deverá ter poder de polícia.

Estiveram presentes também o superintendente do Ibama, Manuel Borges; o superintendente de Meio Ambiente da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Carlos Moura Fé e o secretário municipal de Meio Ambiente, Agamenon Bastos, além de técnicos da Agespisa. 

Antonio Filho ressaltou que há cerca de duas semanas a Agespisa detectou um “altíssimo grau de poluição característico de esgoto industrial” que prejudica a produção de água em Teresina. A coleta foi feita e encaminhada às secretarias de meio ambiente para que o agente poluidor fosse identificado. “É um resíduo de alta fermentação que deve estar vindo da indústria”, diz. 

Ele explica que, por lei, apenas o município pode fiscalizar as indústrias que podem estar poluindo, mas o termo de cooperação garantirá que as quatro entidades possam realizar esta fiscalização. Amanhã (5), às 10h, será feita uma nova reunião na Estação de Tratamento de Água para definir estratégias de fiscalização. 

O superintendente do Ibama, Manuel Borges, afirmou que a fiscalização será feita de forma conjunta. “Vamos determinar amanhã a metodologia de trabalho. A partir de agora vamos aplicar multas que podem chegar a R$ 1 milhão dependendo o nível de poluição da empresa”, pontua.

Agamenon Bastos informou que a Ambev encaminhou um relatório, que está sendo analisado, com todo o fluxograma de produção do início até a finalização do processo. Segundo ele, toda a licença das empresas do Distrito Industrial serão revistas.  A produção de água potável na cidade teve que ser reduzida por causa do auto nível de poluição no rio.

“Estamos fazendo uma discussão para fazer uma força tarefa com o Ibama  e as Secretarias de Meio Ambiente do Estado e do Município”, disse o engenheiro químico Antônio Florentino.

O cronograma de fiscalização será definido amanhã, durante nova reunião entre representantes dos órgãos ambientais.

Por causa dos poluentes despejados no Rio Parnaíba nos últimos dias, a Agespisa precisou parar a Estação de Tratamento de Água por três vezes, o que afetou o fornecimento de água em algumas regiões da cidade. Desde a quarta-feira, por volta das 15h, a produção de água foi  normalizada.

Deverão ser discutidos a utilização dos agricultores e pecuaristas situadas nas margens não só do rio Parnaíba com de seu afluentes, que apresenta redução no volume de águas e outros até desapareceram. É preciso recuperar estes rios e para isto precisa de um levantamento criterioso.

Da redação do Jornal da Parnaíba

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