A Assembleia Legislativa realiza nessa terça-feira
(04), às 15:00hs, no plenarinho, audiência pública para debater as condições dos
trabalhadores que atuam na extração da cera de carnaúba no Piauí. A proposta é
do deputado Cícero Magalhães (PT), que recebeu denúncias de trabalho escravo
neste setor.
De acordo com informações do Governo do Estado, a cera de carnaúba foi o item
que apresentou o melhor desempenho de exportação no primeiro bimestre deste
ano, com um faturamento superior a US$ 6 milhões de dólares, o equivalente a R$
12,1 milhões. No ano passado, o produto colocou o Piauí em destaque nacional,
como o 2º maior exportador de carnaúba do Brasil.
No entanto, os trabalhadores que atuam na extração do produto não recebem o devido reconhecimento e o pior, não gozam de direitos mínimos previstos na legislação trabalhista. Fiscalizações e Termos de Ajuste de Conduta realizados por órgão competentes tem constatado trabalho degradante e condições análogas à de escravo nesse setor, que emprega quase 100 mil trabalhadores em todo o Piauí, espalhados por 140 municípios.
O trabalho sazonal na lavoura da carnaúba e na
extração da cera vai de maio a dezembro no Piauí. As "turmas", como
são chamados os grupos de trabalhadores de cada lavoura, são formadas por 12
homens. Praticamente todos são pagos somente por diárias, com valores
inferiores a R$ 30, e sem nenhuma garantia ou vínculo empregatício.
Edição: Jornal da Parnaíba com informções da
assessoria do dep. Cícero Magalhães
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