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| Loteamento de estacionamentos |
O crescimento econômico do município de Parnaíba,
ao longo da última década, é percebido pela população e comprovado através de
estatísticas e pesquisas. O resultado do progresso, no entanto, nem sempre é
positivo. Uma prova disso é o aumento no fluxo de veículos, gerando diversos
problemas relacionados ao trânsito.
A falta de vagas para estacionamento no Centro, no
entorno de áreas comerciais, bares e casas noturnas tem se tornado cada vez
mais comum para motoristas e motociclistas. Ao redor da Praça da Graça, coração
da cidade, achar um espaço e parar carro ou moto é uma tarefa que exige tempo,
paciência e algum dinheiro no bolso.
Depois de (por sorte) encontrar uma vaga, não
demora muito para que o condutor do veículo seja abordado pelo ‘dono do
pedaço’. Quase sempre é a mesma coisa: “Vou vigiar aqui, viu meu patrão?!”, ou
algo semelhante. Além de incomodar, a delimitação de espaços para posterior
venda de vagas é ilegal e pode até ser crime.
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| Veículos estacionados em local irreglar |
Segundo alguns juristas, esta negociação unilateral
é tipificada no Código Penal Brasileiro como Extorsão, Constrangimento Ilegal,
Usurpação de Função Pública e até mesmo Estelionato. Não é o que pensa
Leonardo Sales, que há cerca de cinco anos ganha a vida com a atividade. “Chego
a apurar R$ 50 por dia, quase mil por mês”, diz.
O flanelinha ressalta que a manutenção de
determinado ponto muitas vezes gera confusão entre os guardadores. “Cada um tem
seu lugar, mas as vezes um quer tomar o do outro e acaba dando briga. Chego
aqui antes das 7h e fico até 17h e já construí minha clientela. Tem gente que
só estaciona comigo”, declarou em tom de satisfação.
A Prefeitura Municipal de Parnaíba reconhece o
problema e alega estar estudando soluções. Segundo o secretário de Transportes
e Trânsito, Heleno Maia, uma empresa foi contratada para realizar um estudo
técnico sobre o tráfego de veículos e questões afins. “A partir daí vamos
aplicar as soluções apontadas no relatório”, explica.
Jornal da Parnaíba | Por: Daniel Saturnino


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