No município de Cajueiro da Praia no litoral do estado do Piauí existem sítios arqueológicos que registram a presença do homem há pelo menos 2.500 anos.
O trabalho do arqueólogo é contar a história do
tempo de cima para baixo. Vai dos vestígios mais recentes para o mais antigos.
Embora as maiores atenções arqueológicas estejam focadas para o Sudeste, novas
descobertas e pesquisas apontam para outra direção oposta: a região Norte, para
o litoral do Piauí.
Pedro Gaspar, bacharel em Arqueologia e Conservação
da Arte Rupestre e mestrando do Programa de Pós – Graduação em Antropologia e
Arqueologia da UFPI, revela uma incrível constatação: o extremo Norte do Estado
do Piauí, a sua zona costeira, pode se tornar um novo centro de estudos,
pesquisas e valiosas revelações sobre a pré-história do Piauí. Segundo o
Arqueólogo piauiense, originário da primeira turma de Arqueologia da
Universidade Federal do Piauí, “através
de métodos de análise da Geoarqueologia e Zooarqueologia do Sambaqui da Baía,
no município de Cajueiro da Praia, estamos descobrindo processos naturais e
culturais que podem revelar as estratégias de subsistência, práticas
alimentares e culturais da ocupação humana na costa do Piauí”.
O arqueólogo revela que embora o litoral do Piauí
tenha apenas 66 quilômetros de extensão, o contexto arqueológico que ele abriga
é de enorme complexidade. Sítios arqueológicos de diferentes períodos se
intercalam e sobrepõe-se sobre uma zona costeira que se encontra em contínua e
profunda transformação. Pedro Gaspar estima que o processo de ocupação humana
do litoral do Piauí começou, há, pelo menos, 2.500 anos.
Edição do Jornal da Parnaíba | Com Informações de
Alcide Filho/MN
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