
Será realizado neste domingo (10) a partir das
19 horas o desfile das escolas de samba na Avenida São Sebastião, em Parnaíba. O
Grêmio Recreativo do Nova Parnaíba no Samba será a primeira a se apresentar na
avenida. A escola contará a história de Mandu Ladino, índio guerreiro que lutou
contra a exploração do trabalho escravo de seu povo. A escola Unidos da Ponte,
a segunda a se apresentar, fará uma homenagem à cidade de Parnaíba. Na avenida
contará a trajetória de glórias e riquezas do município abordando aspectos
culturais, históricos econômicos e turísticos. O enredo também faz menção ao
índio Mandu Ladino. A atual campeã, Império do Cais, encerrará o desfile com
samba-enredo sobre a cana de açúcar. A escola contará a história da cana no
mundo até sua chegada ao Brasil, posteriormente considerado um dos maiores
produtores mundiais. Foguetes irão alcançar o espaço impulsionado pela
força do combustível verde e limpo.
Na avenida foi montada uma estrutura de camarotes e
arquibancadas com capacidade para abrigar quinze mil espectadores. Logo após o
desfile será feito um arrastão pela Avenida são Sebastião com Trio Elétrico e
Banda Estação do Forró e mais, Trio Elétrico e Anderson Rodrigues e Banda.
Sinopse do
que as Escolas de samba irão apresentar no corredor da folia
Nova Parnaíba
no Samba
O Grêmio Recreativo do Nova Parnaíba no Samba será
a primeira a se apresentar na avenida. A escola tem quase 10 anos de existência
e em sua trajetória carnavalesca tem um título de campeão, fato ocorrido em
2009. Atualmente o seu presidente é Ronaldo Liberato. Em 2013, o samba enredo
da escola vem falando sobre a saga do índio guerreiro Mandu Ladino. Os autores
do samba-enredo são Neizinho, Flávio, Charles, Celso e Ana.
A composição da escola está dividida em 12
componentes em sua comissão de frente com a fantasia “Tribo Cariri” exaltando
Mandu Ladino; 60 ritmistas na bateria ; 4 carros alegóricos e Mestre sala
e Porta bandeira: Cris Lobão e Leidiane Liberato.
Mandu Ladino
- Sinopse de pesquisa feita por componentes da escola:
Conta-se que o índio Mandu Ladino, ficou órfão de
pai e mãe aos 12 anos de idade, sendo recolhido pelos religiosos da Ordem dos Capuchinhos
e batizado pelos Jesuítas. A revolta do índio segundo alguns historiadores se
deu em 1712, ao presenciar uma índia sendo brutalmente morta por soldados
portugueses. Daí em diante ele liderou um levante contra os portugueses. O
índio morreu afogado (foi baleado) após tentar atravessar o rio Igaraçu, em
Parnaíba.
Unidos da
Ponte
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ponte
será a segunda a entrar na avenida. A escola foi fundada no dia 03 de outubro
de 2003 e tem como presidente o carnavalesco Paulo Ferreira. Em seus 9 anos de existência
possui 4 títulos de campeã do carnaval.
Em 2013 a Unidos da Ponte faz uma homenagem à cidade de Parnaíba, falando
da trajetória de glórias e riqueza tanto nos aspectos culturais, históricos
econômicos e turísticos. Os autores do samba-enredo são Vicente Potencia e
Osmar.
A escola inicia o desfile abordando a situação
geográfica local no contexto histórico. Inicialmente simbolizada pelas fazendas
que durante muitos anos manteve a exploração do gado, passando pelo período
das charqueadas, chegando à condição de vila e em seguida à categoria de
cidade. O enredo faz também menção ao índio Mandu Ladino (da tribo dos
tremembés).
A composição da escola está dividida em 12
componentes em sua comissão de frente com a fantasia sufoco da lida (retratando
a condição de vida dos que iniciaram as atividades econômicas extraídas do
gado); 90 ritmistas na bateria; 5 carros alegóricos; Mestre sala e Porta
bandeira: Maria Clara e Anderson.
Origem de
Parnaíba - Sinopse de pesquisa feita por componentes da escola:
A Unidos da Ponte irá abordar os dois núcleos que
deram origem a cidade de Parnaíba: o Testa Branca (era uma fazenda de gado, que
depois tornou-se um arraial) e o Porto das Barcas (antes denominado Porto
salgado – situado à margem direita do rio Igaraçú, que prosperou devido grande
número de embarcações). Dos traços biográficos a escola cita
desbravadores como Nicolau Resende (1571), Gabriel Soares (1587), Pero Coelho
(1602), Martin Soares de Sousa (1631) e Vital Maciel Parente (1614).
Registra-se a figura de João Paulo Diniz,
proprietário de oficinas de charques (o precursor). A chegada da família dos
Dias da Silva, com destaques a Domingos Dias da Silva que teve êxito com a
criação de gado e do empreendedorismo que estimulou o comércio. Em seguida, Simplício
Dias da Silva que teve prestígio em esferas sociais e uma importante
participação na independência do Brasil, quando em 19 de outubro de 1822, na
Praça da Graça, declarou apoio ao imperador Dom Pedro I.
Em 14 de agosto de 1844, a vila São João da Parnaíba,
foi elevada a categoria de cidade. O Nome Parnaíba, em tupi guarani, significa
rio ruim, de águas barrentas, rio não navegável. A cidade recebeu o nome Parnaíba,
em homenagem ao desbravador Domingos Jorge Velho, nascido numa vila cujo o nome
era “Parnaíba”.
Império do
Cais
A atual campeã do carnaval parnaibano encerrará o
desfile na avenida. Fundado no dia 11 de fevereiro de 1997, o Grêmio Recreativo
Escola de Samba Império do Cais (do Bairro São José), detêm nove títulos
de campeã do carnaval de Parnaíba. Em 2013 a escola resolveu levar para a
avenida o samba-enredo sobre a “Cana de açúcar- doçura dos Deuses...o combustível
do futuro!” O presidente da Império do Cais é o carnavalesco José do Nascimento
(popularmente conhecido como Cafuringa). Os autores do samba-enredo são Renata
Silva, Caio Janser e Francisco das Chagas (o Carioca).
A composição da escola está dividida em 12
componentes em sua comissão de frente; 80 ritmistas na bateria; 5 carros
alegóricos; Mestre sala e Porta bandeira: Fernando e Renata Silva.
Cana de açúcar
- Sinopse de pesquisa feita por componentes da escola:
A influência da cana de açúcar na Ásia, na Europa,
na América até sua chegada ao Brasil. Oficialmente, Martim Afonso de Sousa em
1532 trouxe a primeira muda de cana e iniciou o cultivo na capitania de São
Vicente, construindo o primeiro engenho de açúcar. O Brasil chegou a ficar
entre os maiores produtores no mundo. O terceiro milênio traz consigo a esperança
e a necessidade de apostar em novas fontes de energia. No vai e vem da
economia, a guerra pelo petróleo acelera a aposta do homem em combustíveis de
fontes renováveis. Foguetes alcançam o espaço, impulsionados pela força do combustível
verde e limpo.
Wilson Junior e Amanda Guimarães para o Jornal da Parnaíba
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