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| Ponte Simplício Dias em Parnaíba - PI (visão noturna) |
Em 1822, Antonino Ferreira de
Araújo e Silva era Capitão do Regimento de Milícias Portuguesa, que foi
comandada em Parnaíba pelo Coronel Simplício Dias da Silva. No movimento da
Independência do Piauí, foi preso a bordo do Brigue de Guerra Infante Dom
Miguel, por ter remetido armas para as tropas em arregimentação no Ceará, por
Simplício Dias da Silva e o Alferes Leonardo de Carvalho Castello Branco. Assim
como Simplício Dias, em 1823, era um dos
19 donos da Ilha Grande de Santa Isabel, e propriedades na Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, Província do Piauí, Bispado de São Luiz do
Maranhão. Boiadeiro, deixou muitos descendentes nos vales dos rios da bacia do Baixo
Parnaíba.
Era integrante do clã dos Dias da
Silva, conforme atestam as procurações datadas de 9 de março de 1823, outorgadas
ao cidadão Onofre José de Melo, para resolver negócios em Campo Maior a
mando de Simplício Dias da Silva e Justina
Jozefa Dórea da Silva (viúva de Raimundo Dias da Silva)_, nas quais, foram
testemunhas o referenciado Capitão Ferreira de Araújo e o Capitão Domingos de Freitas Caldas. Era filho
de Domingos Dias da Silva, bem como, meio-irmão de Simplício Dias da Silva e
Raimundo Dias da Silva. Exercia as funções de Juiz de Paz na Villa de São João
da Parnahiba em 1832, quando se julgou suspeito para efetuar a partilha dos
bens dos finados Simplício Dias e Raimundo Dias, por ser cunhado e tio das
partes envolvidas, conforme consta no inventário de avaliação efetuado em 1832,
assinado pelos herdeiros Maria Izabel Thomázia de Seixas e Silva e seus filhos
Coronel Antonio Raimundo de Seixas e Silva, Tenente Simplício Dias de Seixas e
Silva, Dona Helena Amália de Seixas Dias da Silva, Capitão José Francisco de
Miranda como Administrador de sua mulher Dona Carolina Thomazia Dias da Silva
Seixas; e Dona Justina Josefa Dória da Silva e seus filhos, Capitão Simplício
Raimundo Dias da Silva, Tenente Raimundo Dias da Silva, Dona Lucrécia Brígida
Dias da Silva, Dona Eulália Lucinda Dória da Silva.
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| Ponte Simplício Dias sobre o rio Igaraçu, em Parnaíba |
O fundador de Piripirí – Padre
Freitas - em seu testamento concluído em 10 de outubro de 1862, e aberto em
Piracuruca no dia 28 de dezembro de 1868, menciona o seu nome no pagamento
feito em favor do casal Tenente Coronel Raimundo Dias da Silva e sua esposa Justina
Jozefa Dórea da Silva, quando o seu meio-irmão ainda vivia.
Simplício Dias em carta a Dom
Pedro I, em 1823, diz que ele é seu irmão, e que foi preso no vaso de guerra
Infante Dom Miguel, porque enviou armas para o mesmo no Ceará, onde o mesmo
organizava tropa para retomar a Villa de São João da Parnahiba, em poder do
Major Fidié, após a sua invasão. Por essa razão, teve os seus bens saqueados
pelos militares portugueses deixando-o arruinado financeiramente.
Entre seus descendentes, Domingos
Ferreira de Araújo, teve filhos com Felicidade Senhorinha de Jesus, entre eles,
Mariano Ferreira de Araújo, nascido no Buriti dos Lopes em 1895, este, casado
com Gonçala Ferreira Véras, oriunda da localidade Leitão, próxima ao povoado
Bitupitá (orla marítima), hoje município de Barroquinha (CE).
Mariano Ferreira Araújo e Gonçala
Ferreira Veras tiveram como filhos, Maria das Dores Araújo Silva, José de Jesus
Araújo, Mário da Cruz Araújo, Francisco de Assis Araújo e Luiz Gonzaga de Araújo.
Todos os homens ingressaram nas forças armadas, exército, aeronáutica e
marinha, estando ainda vivos em 2012, os oficiais da reserva remunerada do
exército - José de Jesus Araújo, e marinha - Luiz Gonzaga de Araújo.
Da série: Estórias a Respeito da
História da Parnaíba
Phb. 17/07/2012. Vic.
Por: Vicente de Paula Araújo
Silva “Potência”
Edição do Jornal da Parnaíba
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Um comentário:
Vicente.
Você é descendente dos Araújo e Silva e o Florentino, dos Alvares Ferreira Véras, baluartes das lutas pela independência do Brasil em terras piauienses e mais particularmente parnaibanas.
Quanto a Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, pego em emboscada no hoje município de Brejo (MA), foi deportado para Portugal ficando preso em Lisboa na Prisão do Limoeiro.
A pedido do Diderot estive no local em Lisboa fazendo fotos do atual prédio, hoje lá funciona a Escola Superior de Magistratura de Lisboa. Enviei ao Diderot a fotos recentes e uma gravura do prédio à época em que Leonardo das Dores esteve preso.
Salve os heróis piauiense e parabéns a você e outros bons parnaibanos que mantém viva nossa História.
Grande abraço.
Renato
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