O Papa Bento XVI fez a abertura do “Ano da Fé”, em
Roma, para comemorar com toda a Igreja os cinquenta anos da abertura do XXI
Concílio Ecumênico Vaticano II e, os vinte anos da publicação do Catecismo da
Igreja Católica. Dois acontecimentos importantes na metade do século XX, que
continuam a repercutir no início do Novo Milênio e, cujos frutos ainda não
foram plenamente ceifados.
As razões que levaram o Papa a tomar esta
iniciativa nós a encontramos na Carta Apostólica: Porta Fidei, que o Papa Bento
XVI publicou há precisamente um ano, ou seja, aos onze de outubro de dois mil e
onze.
Já no início, o Papa diz que hoje há a “necessidade
de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior,
a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (n.2).
Mais adiante ele afirma que “o Ano da Fé é convite
para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”
(n.6).
| Dom
Alfredo Schaffler - Presidente do Regional Nordeste 4, Bispo Diocesano de Parnaíba e Referencial do Setor Familiar |
Falando da necessidade de confessar a fé no Senhor
Ressuscitado, Bento XVI diz que é necessário “que cada um sinta fortemente a
exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de
sempre” (n.8).
Ele espera que “este Ano suscite, em cada
crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com
confiança e esperança” (n.9).
Assim, “descobrir novamente os conteúdos da fé
professada, celebrada, vivida e rezada, e refletir sobre o próprio ato com que
se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano”
(n.9).
As palavras do Papa Bento XVI na Carta Porta Fidei,
levam a Igreja a manter-se coerente com os caminhos apontados pelo Concílio
Vaticano II ou seja, a convencer-se sempre mais que só iluminada e sustentada
pela fé no Senhor Ressuscitado é que ela, a Igreja, pode manter-se fiel ao
Evangelho.
O Papa está justamente chamando a Igreja, em
primeiro lugar, a um exame de consciência e a uma retomada de posição diante do
mundo, sustentada pela fé.
O próprio São Paulo escrevendo aos coríntios dizia:
“tendo o mesmo espírito de fé a respeito do qual está escrito: Acreditei, por
isso falei, cremos também nós, e por isto falamos” (2Cor 4,13).
É a fé que gera a pregação! Se nos falta a fé, nos
falta o entusiasmo e facilmente deixamo-nos envolver pelas malhas do cansaço e
do desânimo.
Torna-se urgente para a Igreja hoje, no dizer do
Papa Bento XVI, redescobrir a fé; pois é a fé que gera e capacita as
testemunhas de que o mundo hoje tem imensa necessidade!
Percebemos hoje, o mundo vive uma crise de fé, que
leva as pessoas não só a negar a fé, mas também desprezá-la.
É necessário redescobri-la e, isso é tarefa de cada
um!
É tarefa que implica decisão, escolha, e
testemunho.
Uma decisão e escolha que ninguém poderá tomar em
nosso lugar e, testemunho que cabe a cada um assumir e realizar.
Bento XVI diz que a fé não pode ficar reduzida à
esfera do privado, ao âmbito das decisões pessoais, mas deve, ao contrário,
manifestar-se publicamente, nas decisões que interfiram nos relacionamentos
pessoais e comunitários e nas decisões políticas, onde a vida e o bem comum
estão em jogo.
Vamos procurar conhecer o conteúdo da fé que vai
dar rumo e direção na nossa vida quando tantas vezes andamos desanimados e
decepcionados.
Firme na fé e fiquem com Deus!
Edição do Jornal da Parnaíba | Por Dom Alfredo
Schaffler - Presidente do Regional Nordeste 4, Bispo Diocesano de Parnaíba e
Referencial do Setor Familiar
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