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Fazenda Real em Regeneração (Foto:Francisco Leal) |
A fazenda Chapada Grande, na zona rural do
município de Regeneração, a cerca de 160 quilômetros de Teresina e a mais de
500 quilômetros dos Cerrados, é a campeã em produtividade no cultivo da soja no
Piauí. Na safra 2010/2011, a média de quilos colhidos por hectare no local
alcançou a marca de 4,3 mil quilos, a maior do Brasil.
Na região de Uruçuí, Bom Jesus, Baixa Grande do
Ribeiro e Santa Filomena, onde o cultivo da soja já vem sendo desenvolvido há
bastante tempo, a produtividade média na safra passada foi de 2.983 quilos por
hectare e a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que na
próxima safra fique em pouco mais de 3 mil quilos.
De propriedade de um grupo paulista, dono de
fazendas em vários estados brasileiros, a Chapada Grande também produz arroz,
milho e feijão. Em 640 hectares plantados de arroz, a média colhida por hectare
foi de 3,3 mil quilos, contra 1.845 quilos registrados nos Cerrados.
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Fazenda Real em Regeneração (Foto:Francisco Leal) |
Para o engenheiro agrônomo Thiago Junqueira, um dos
donos da fazenda e que chegou ao Piauí ainda na fase da compra das terras, em
2004, a alta produtividade se explica ao excelente potencial do solo. “Aqui a
terra é boa, o clima é bom e chove muito bem. Nossa tendência é só crescer,
crescer”.
Ele lembra que sua família também planta soja no
estado do Paraná há 47 anos e a produtividade alcançada por lá fica bem abaixo
da registrada no Piauí. “Na última safra colhemos no Paraná uma média de 66
sacos de soja por hectare, mas no Piauí chegamos até a 72”.
O empresário Marcelo Gomes, que presta serviço à
fazenda na área de reflorestamento, confirma que a terra da região é mais
argilosa e retém mais água do que a dos Cerrados. Além do mais, o índice
pluviométrico chega a 1,6 mil milímetros por ano. Nos Cerrados, este índice
varia de 1 mil a 1,3 mil milímetros anuais.
Em 2013, Junqueira pretende iniciar o corte de
eucalipto, que será vendido para celulose ou para carvão, dependendo das
condições do mercado. “A partir do próximo ano,
vamos cortar anualmente mil hectares de eucalipto, um dos principais
projetos da fazenda. Como a planta rebrota, vamos ter sempre eucalipto no
mercado”.
A fazenda também gera empregos, são 150
funcionários, a maioria do município de Regeneração, com salários que variam de
um a seis mínimos por mês. “Temos um quadro fixo de funcionários para o ano
inteiro, não precisamos contratar e depois demitir. Aqui o que não falta é
serviço”, conclui Tiago Junqueira.
Edição: Jornal da Parnaíba | Por: Francisco Leal
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