Casa de agente penitenciário alvejada Foto: Blog do Yuri Gomes |
Dois agentes tiveram suas casas baleadas em menos
de uma semana.
Em menos de cinco dias duas casas de dois agentes
penitenciários de Parnaíba foram baleadas. O primeiro caso aconteceu na
quinta-feira (25) e o caso mais recente na noite de terça-feira (31). Nas duas
ocasiões os imóveis foram alvo de três tiros. Sindicato crê em vingança.
Segundo André Seixas, representante do Sinpoljuspi
em Parnaíba, os dois casos são bastante parecidos e tem sempre a figura de duas
pessoas em uma moto, que atiravam contra as residências. As casas pertencem a
um agente que trabalha nos corredores do presídio e outro na remoção dos
detentos.
“O primeiro atentado aconteceu por volta das 22horas
do dia 25 de janeiro na Ilha Grande de Santa Isabel. O segundo foi ontem por
volta das 21horas no conjunto Betânia a mais de 10km do primeiro caso. Este é
um atentado contra a classe, não necessariamente contra as pessoas”,
descreve.
Matérias relacionadas:
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- Residência de agente penitenciário é alvejada a bala em Parnaíba.
Seixas conta ainda que os casos começaram após um
“preso de alta periculosidade” ter sido libertado e que os episódios podem se
tratar de uma revanche. “Logo após o último atentado, ligaram para a
penitenciária dizendo que o próximo tiro ia ser na cabeça do agente e que
tinham outras pessoas que estavam na lista”, revela.
O representante do Sinpoljuspi também acredita que
os episódios possam ser o resultado da impunidade a criminosos na cidade. “Os
crimes estão aumentando em Parnaíba e os bandidos não estão sendo presos. Isso
faz com que eles se sintam poderosos e imunes à lei”, descreve. André Seixas
também acredita que o arrocho à indisciplina no presídio também cause a revolta
dos detentos. “Hoje fazemos um trabalho mais severo. Já encontramos celulares e
até punhal nas revistas. Quando encontramos esse tipo de objeto os presos
perdem regalias e são punidos com trinta dias na triagem onde não poderão
receber mais visita e alimentação de familiares. Isso gera descontentamento”,
pontua.
Insegurança
André Seixas reclama ainda que, no final do ano
passado, a Secretaria de Justiça pediu que os agentes que possuíam armas
cedidas pela PF entregassem seus armamentos para que fosse realizada uma
manutenção, fazendo com que os servidores não tenham a arma para sua própria
defesa. “O agente deve ter uma arma cautelar, o estatuto prevê. Somos 60
agentes em Parnaíba e há apenas quatro revólveres calibre 38 e três escopetas
para uso em escolta, não temos nenhuma em uso”, pontua.
Os agentes que tiveram suas casas alvejadas
registraram Boletim de Ocorrência e a categoria quer mais segurança por parte
da Polícia Militar.
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Edição: Jornal da Parnaíba | Fonte: Cidade Verde
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