Em todo o Brasil apenas o Estado de Santa Catarina
é zona livre de aftosa sem vacinação, desde 2007
Selo: Os Estados do Maranhão, Pará, Pernambuco e
Piauí podem obter ainda este ano do Ministério da Agricultura o reconhecimento
de áreas livres de febre aftosa com vacinação. A conquista do novo status
acontecerá caso cumpram as exigências do projeto que visa a ampliar a zona
livre da doença no País. Esses Estados têm, hoje, o status de risco médio para
aftosa e, por isso, só podem comercializar carne para regiões com a mesma
classificação sanitária.
Ou seja, não podem exportar a proteína nem vendê-la
para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, hoje reconhecidamente
áreas livres da doença com vacinação. Em todo o Brasil apenas o Estado de Santa
Catarina é zona livre de aftosa sem vacinação, desde 2007. Em reunião na última
terça-feira (17), em Brasília, entre o ministro Mendes Ribeiro Filho e os
secretários de Agricultura dos quatro Estados, foi confirmada a agenda de
auditoria e sorologia necessárias para a análise que vai declarar, ou não, o
novo status dessas regiões.
O cronograma elaborado pelo Ministério prevê que em
fevereiro uma nova auditoria será feita para checar se as pendências apontadas
pelo governo em avaliação anterior, no ano de 2011, foram sanadas. Em março
serão sorteadas centenas de propriedades para que seja realizada, entre os
meses de abril e maio, a sorologia dos animais, que tem como objetivo provar a
inexistência da circulação do vírus da aftosa.
Todo o processo será concluído em outubro. Caso os
quatro Estados sejam aprovados, receberão do Ministério o status de área livre
com vacinação. O próximo passo será encaminhar a documentação para a
Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) para que sejam reconhecidos
pelo organismo multilateral. Geralmente, a OIE decide sobre a concessão de
status sanitários em sua reunião anual que ocorre em maio.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o Pará tinha, em 2010, um rebanho de 17,6 milhões de
cabeças; o Maranhão, 7 milhões de cabeças; Pernambuco, 2,4 milhões de cabeças;
e Piauí, 1,68 milhão de cabeças. O rebanho total do País era de 209,5 milhões
de bovinos. O secretário de Agricultura do Maranhão, Cláudio Azevedo, afirmou,
por meio de nota, que com o status de região livre da febre aftosa os mercados
interno e externo se abrirão para a carne do Estado.
"Os criadores poderão buscar preços
competitivos para sua atividade pecuária e o Maranhão vai atrair novos
investidores para o setor rural", disse. O Estado não registra caso de
aftosa há dez anos.
Status nos Estados
Atualmente, 15 Estados brasileiros são reconhecidos
pela OIE como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito
Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito
Federal. Além disso, detêm esse status a região centro-sul do Pará, os
municípios de Guajará e Boca do Acre e partes dos municípios de Lábrea e
Canutama, todos no Amazonas.
O Ministério da Agricultura reconhece como de risco
médio de febre aftosa os seguintes Estados: Alagoas, Ceará, Maranhão,
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e as regiões norte e oeste do
Pará, incluindo a ilha do Marajó. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e
as demais áreas do Estado do Amazonas.
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Redação do Jornal da Parnaíba | Fone: AE
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