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Eike Batista da OGX |
"Briga" pesada entre Piauí e Maranhão na
exploração de petróleo. A empresa OGX de Eike Batista faz investimento milionário
em licitação de 20 blocos na Bacia do Parnaíba.
A 11ª Rodada de Licitação de Blocos Exploratórios,
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nem foi
aprovada e já existe uma disputa acirrada por blocos que podem ser ofertados na
bacia do Parnaíba, nos estados do Piauí e Maranhão. Por enquanto, quem mais
ganha são os maranhenses.
A partir de resultados levantados pela agência
reguladora sobre a região, e das descobertas divulgadas pela empresa OGX, que é
do homem mais rico do País, empresário Eike Batista, a ANP sugeriu a licitação
de 20 blocos no próximo leilão, que ainda não tem data definida. Em entrevista
ao jornal 'Valor Econômico', Magda Chambriard, diretora da agência reguladora,
afirmou que "há, pelo menos, quatro empresas pleiteando disputar a região".
A agência já licitou dez blocos na bacia do
Parnaíba, que passa por uma parte no Piauí e a outra no Maranhão. Hoje, oito
são operados pela OGX, que já fez descobertas importantes na região. Mas só na
parte maranhense. Magda afirmou que a companhia já perfurou dez poços para
avaliação e em sete obteve indicação de gás. "Sobre os outros três ainda
não temos informação", disse Magda.
A OGX apresentou à ANP, em maio deste ano, duas
declarações sobre o potencial de comercialização de gás natural do bloco
PN-T-68, na bacia do Parnaíba. As acumulações estão nos campos de Gavião Azul e
Gavião Real. A companhia estima produção de 5,7 milhões de metros cúbicos por
dia, em 2013. As recentes descobertas na região foram estimuladas pelo
Plano Plurianual de Geologia e Geofísica (PPA), lançado em 2007 pela ANP, com o
objetivo de descobrir novas fronteiras de exploração no país. O plano,
financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê, até 2014,
investimento de R$ 1,8 bilhão em 22 bacias no país.
Segundo Magda, no momento da elaboração do plano, a
agência buscou dar prioridade às bacias terrestres, pouco conhecidas. É aí que
começa a entrar a parte piauiense. De acordo com ela, o Piauí foi o primeiro
estado a receber um levantamento sísmico realizado pela agência.
"Resolvemos começar pelos locais de menor IDH [Índice de Desenvolvimento
Humano]", explicou, referindo-se ao Piaui como um dos estados mais pobres
do Brasil. Até agora, por meio do plano plurianual, a ANP investiu na
bacia do Parnaíba cerca de R$ 130 milhões para levantamento de dados que irão
detalhar o potencial exploratório da região.
A previsão é que sejam investidos mais R$ 210
milhões na bacia do Parnaíba e na bacia de São Luís, no Maranhão, até 2014. A
agência reguladora programou, ainda para este ano, a licitação para um
levantamento sísmico na bacia do Parnaíba - que já está em andamento -, para o
qual serão investidos R$ 60 milhões. Magda destacou que a agência também
está estudando dados levantados na bacia de São Luís, no Maranhão, nos anos 70,
pela Petrobras e "os resultados são excelentes". Segundo a diretora,
quando a ANP foi criada, a Petrobras passou as informações que tinha sobre as
bacias. "É claro que a Petrobras viu isso na época, só que as bacias
terrestres grandes estão com mais potencial para gás natural e naquela época,
há 30, 40 anos, a gente não procurava gás", disse. Segundo a
diretora, o cenário hoje mudou. "O que estamos vendo agora é uma mudança
de panorama. Agora, a gente tem bacias terrestres com potencial para exploração
de gás, em um momento que o Brasil tem mercado para gás."
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região.
Jornal da Parnaíba | Por Allisson Paixao/180graus
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