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Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Foto Divulgação) |
Falta de materiais para procedimentos simples,
carência de pessoal, baixa qualidade nos serviços, equipamentos e ambulâncias
sucateadas. Estes são alguns dos problemas do Hospital Estadual Dirceu
Arcoverde (HEDA). O maior centro médico da região Norte do Piauí é administrado pelo
Governo do Estado.
Com isso, moradores da cidade de
Parnaíba e de municípios vizinhos, sobretudo a população mais carente, sofrem
quando precisam de serviços médicos. O aposentado Edgar Rodrigues, 73 anos,
informou ao Portal Costa Norte que precisa comprar mensalmente materiais para
seu tratamento.
“Tenho problema na próstata e todo mês tenho que comprar os
kits no valor de R$ 45 para trocar a sonda porque aqui no hospital não tem”,
afirmou o idoso. Já para o para o pescador João Francisco, que sofre da mesma
enfermidade, o grande problema é atendimento. “Os funcionários tratam a gente
mal e são ignorantes”, relata.
O coordenador do setor de base do HEDA, Paulo José,
limitou-se a dizer que o hospital não tem obrigação de fornecer alguns tipos de
materiais. Entretanto, a legislação brasileira garante que o Estado, através do
Sistema Único de Saúde (SUS), é obrigado a fornecer assistência total e
irrestrita no que diz respeito à saúde.
O hospital conta com um quadro de 450 funcionários,
mas o número seria insuficiente para atender a demanda. No início da semana, o
então diretor do hospital, Dr. Fares Lima, deixou o cargo após denunciar que
ambulâncias estariam paradas por conta de problemas mecânicos. O clínico geral
Mário Benjamim deve assumir o cargo.
Em entrevista à TV Costa Norte, o governador Wilson
Martins afirmou ter tomado conhecimento da mudança na diretoria somente na
terça-feira. Martins foi evasivo ao comentar os problemas do hospital. “Estamos
trabalhando para melhorar ainda mais as condições da saúde”, comentou.
Jornal da Parnaíba | Por Daniel Saturnino/MN
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