A Cico (Comissão Investigadora do Crime Organizado)
já tem o nome do principal suspeito, um advogado, do assassinato da estudante
universitária Fernanda Lages, morta no dia 25 de agosto.
O promotor de Justiça Eliardo Cabral, que acompanha
a investigação do caso, declarou que são três pessoas envolvidas, mas no crime,
o prédio da Procuradoria da República, na Avenida João XXIII, no bairro dos
Noivos, na zona Leste de Teresina, disse que o assassino deixou pegadas de seu
têms no edifício, mas as pegadas dos curiosos terminaram por apagá-las.
A Cico vai divulgar na próxima semana o nome do
assassino.
“Uma pessoa nós já sabemos, o que esteve no local
do crime. O interesse da segunda pessoa era o mesmo e pode ter uma terceira
pessoa. Queriam queimar arquivo, eliminar uma pedra de tropeço”, declarou.
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“Além de entender que o crime seria bem planejado o
e que tudo iria ser entendido como suicídio, a pessoa tinha a confiança. 'Eu me
garanto, se tentarem descobrir, a gente tem meios para isso e para aquilo. No
nosso meio, a gente chama de dar corda para se enforcar. Tem uma máxima:
'ninguém se defende do que não está sendo acusado, É sintomático. Se uma pessoa
está se defendendo, a gente pergunta: 'quem está te acusando?'. Se ela disser:
'ninguém', se volta a perguntar: 'por que está se defendendo'. Isso não deixa
de ser indício”, falou Eliardo Cabral.
Falou que os assassinos sabem que as investigações
sobre que são feitos os cruzamentos telefônicos e as pessoas poderiam procurar
pessoalmente Fernanda Lages e não falar com ela por telefone.
Promotor de Justiça Eliardo Cabral |
O promotor de Justiça, Eliardo Cabral, disse que a
estudante de Direito Fernanda Lages, de 19 anos, foi assassinada por queima de
arquivo de tráfico internacional de mulheres.
Ele afirmou que Fernanda Lages chegou a viajar para
Fortaleza e, em seguida, viajar para a Europa, mas percebeu que poderia ser
explorada e juntou documentos e provas desse esquema de tráfico de mulheres.
Eliardo Cabral disse que o que Fernanda Lages sabia
era grave e se viesse a público seria desastroso para as pessoas que se
envolveram. Ele declarou que o caso é de tráfico de mulheres.
“Ela não seria vítima, mas peça importante, se não
correria riscos. Pelo fato de ser conhecida, de ter influência na área social e
política, financeira. Por isso, as pessoas não poderiam correr o risco latente,
saltando aos olhos”, falou Eliardo Cabral.
Falou que Fernanda Lages estava com um projeto de
ir para a Europa, tinha passagens e passaporte providenciado, mas não ia viajar
para férias ou passear. “Ela ia para algo muito terrível, quando ela chegou em
Fortaleza viu o abismo e voltou e voltou municiada”, declarou Cabral.
Eliardo Cabral declarou que o crime envolveu pelo
menos três pessoas e a polícia já sabe o nome do autor intelectual do
assassinato, mas não vai prendê-lo para que continue produzindo provas contra
ele mesmo.
Cabral afirmou no início dos trabalhos feitos por
ele e o promotor de Justiça Ubiraci Rocha suspeitaram da hipótese de suicídio
ou homicídio, mas durante os últimos dez dias foram colhendo elementos e
chegaram à convicção inarredável de que a morte não foi por suicídio.
“Suicídio não foi. Nós temos muito mais elementos
que configuram e caracterizam o homicídio do que o suicídio. Nós temos
elementos bons que caracterizam o suicídio, mas temos situações outras e muitos
mais elementos que configuram mais o homicídio do que o suicídio. Nós formamos
a convicção que foi suicídio e não homicídio”, falou Eliardo Cabral.
Eliardo Cabral disse que Fernanda Lages foi
assassinada por queima de arquivo. Falou que a polícia ainda está à procura de
provas concretas porque ainda existem poucos elementos.
“Temos a plena convicção de que ela foi eliminada
por ser tornar, para eles, uma pessoa perigosa, após colher fatos, ter, quem
sabe, documentos e pelo que sabia. Não foi um crime praticado apenas por um
autor, não foi um crime de uma só pessoa no planejamento, nem na execução”,
declarou Eliardo Cabral.
Ele afirmou que na cena do crime, no prédio da
Procuradoria da República, na Avenida João XXIII, no bairro dos Noivos, na zona
Leste de Teresina, tinha uma pessoa, um homem.
“Na cena, nós confirmamos uma pessoa, um homem, mas
na execução do plano não foi feita apenas por uma pessoa. De tal forma de que
alguém já está providenciando álibi, de que tal hora estava em um determinado
lugar, isso não funciona”, falou Eliardo Cabral, descartando a possibilidade do
crime contra Fernanda Lages ter sido passional.
Para ele, houve queima de arquivo porque Fernanda
Lages se tornou uma pessoa perigosa e caso não fosse eliminada acabaria
colocando pessoas em risco e riscos muitos graves, com consequências
imprevisíveis.
Por que Fernanda Lages iria para o prédio da
Procuradoria da República? Eliardo Cabral afirmou que Fernanda Lages gostava de
lugares exóticos para manter relacionamentos amorosos. Segundo ele, Fernanda
Lages tomava a iniciativa de ir para lugares que as pessoas poderiam chamar de
esquisitos e exóticos, lugares não comuns como casas abandonadas, cavernas,
túneis, construção inacabada e ambiente de mata.
“Ela gosta desse ambiente para sentir emoções, ter
experiências diferentes e sair do convencional”, declarou Eliardo Cabral. Ele
falou que consta não ser Fernanda Lages viciada em drogas, gosta de ingerir
bebidas alcoólicas.
Exames apontam que Fernanda Lages caiu do sexto
andar
O promotor de Justiça Eliardo Cabral afirmou que
Fernanda Lages caiu do sexto andar do prédio da Procuradoria da República. Ele
disse que o prédio tem cinco pavimentos, mas um que corresponde ao mirante.
Fernanda Lages caiu do prédio e ela não subiu
sozinha. Ele declarou que existe a hipótese de que Fernanda Lages foi ao
mirante conduzida, teleguiada.
“Ela começou a subida por uma escada, chegando lá
no segundo andar, a escada estava entulhada com andaime, onde pode ter quebrado
o dente. Ela, então, foi para outra escada, tem marcas de sangue e estamos
esperando a confirmação de que foi sangue dela. Quando ela acabou de chegar no
mirante estava toda empoeirada, suja, a sapatilha tinha saído uma vez e ela
colocou de novo. Ela caiu, se levantou e não se sabe se sozinha, mas chegou com
seu lado direito todo ralado e marcas fortes de quem caiu da escada, que não
tem emborrachamento. Tem o piso bruto e um canto que é metálico. Cada degrau
tem um canto de metal que corta. Ela caiu e foi rolando, pode ter caído mais de
uma vez”, falou Eliardo Cabral.
Eliardo afirma que vigilante do prédio do TRT sabe
quem é o assassino e é seu subordinado
O promotor de Justiça Eliardo Cabral declarou que o
vigilante do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), por onde Fernanda Lages
passou para chegar no prédio da Procuradoria de Justiça, sabe que é o assassino
da universitária.
Eliardo Cabral disse que o vigilante é pago para
impedir a passagem de desconhecidos e se Fernanda Lages era desconhecida não
entraria sozinha.
“Ela não saberia que no portão a corrente estava
aberta e se ela tentasse entrar, com o dia claro, o vigia iria barrá-lo. Hoje,
nós não temos dívida de que Fernanda Lages entrou com uma pessoa ligada à obra,
não do Ministério Público do Trabalho, mas do TRT, por onde ela entrou. Quando
ela entrou, o vigia estava lá e não fez nenhum impedimento, apenas olhou. Ele
disse que ela entrou e se não impediu é porque, sem nenhuma dúvida, o vigia era
subordinado à pessoa e a pessoa era conhecida e ele não iria impedir. Tem
outros detalhes: a muralha que vai até o fundo, só uma pessoa conhecida poderia
chegar lá”, falou Eliardo Cabral.
“Ela só poderia chegar lá em cima com alguém
conduzindo”, falou Eliardo Cabral.
Segundo ele, Fernanda Lages não foi constrangida a
ir ao prédio do Ministério Público Federal, mas foi tão dopada que até agia,
mas como robô. Era um tipo de amnésia.
Crime arquitetado
Eliardo Cabral diz que o crime foi arquitetado para
que o resultado fosse dado como suicídio.
Cabral insiste em dizer que o vigilante conhece o assassino.
O criminoso estaria convicto de que o assassinato seria entendido como
suicídio.
Eliardo Cabral afirma que exames do laudo
cadavérico apontariam para a hipótese falsa do suicídio
Eliardo Cabral declarou que a causa da morte de
Fernanda Lages, segundo o laudo cadavérico, é de choque hemorrágico
hipovolêmico, perda brusca de muito sangue em consequência da queda.
Segundo ele, não houve pancadas e furadas n o corpo
de Fernanda Lages e os mesmos danificados foram por causa da desaceleração.
“Ela caiu de lado e houve uma desaceleração porque seu corpo estava caindo em
uma velocidade de 80 quilômetros por hora. São 27 metros paredes e 60 quilos de
massa, o impacto foi muito grande, como de um carro em um poste. Danificou,
arrebentou por dentro fígado, baço e pulmões, estrangulando, rompendo tudo. Ela
não estava grávida”, declarou Eliardo Cabral.
Cabral disse que os exames apontariam para a
hipótese falsa do suicídio.
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Jornal da Parnaíba | Por Efrem Ribeiro/MN
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