
A notícia triste desta terça-feira (9) para a
educação no estado do Piauí foi dada pelo reitor da Universidade Estadual do
Piauí (UESPI), Carlos Alberto Pereira, que durante entrevista concedida ao
Jornal do Piauí, na TV Cidade Verde, informou que as estimativas iniciais
apontam que 500 vagas serão reduzidas no vestibular 2012 da instituição. De
acordo com o reitor, ainda este semestre o Conselho Universitário da UESPI
deverá bater o martelo em relação ao número de vagas que serão ofertadas.
No ensino público superior, Parnaíba é uma das
cidades mais prejudicadas, daqui já foi retirado o Curso de Cadetes da Academia
de Polícia Militar do Piauí que teve sua última turma encerrada no dia 17 de
julho de 2009. A oferta de novas vagas no Curso de Odontologia da UESPI/FACOE no Campus Alexandre Alves Oliveira em Parnaíba, já
foi ameaçada por diversas vezes.
De acordo com o reitor da instituição, Carlos
Alberto Pereira, a quantidade de vagas ofertadas dependerá das condições
estruturais da UESPI que passa por uma crise institucional desde setembro de
2010. "O que tem estrutura funcionará, o que não tem, não vai ser
ofertado. Temos que ver ainda a quantidade dessas ofertas, que também
passa pelas condições de cada curso e, nesse momento, temos um problema grande
com laboratórios", comentou.
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No vestibular deste ano foram ofertadas 3.580
vagas. "Essa redução não é de agora. Há cinco anos tínhamos 5 mil vagas.
No ano passado, 3 mil e 500, e agora poderemos ter 3 mil. Mas, o que deixamos
de ofertar no vestibular regular destinamos a outras áreas, como o
ensino à distância", acrescentou o reitor da UESPI.
Cursos como Segurança Pública estão
recebendo uma atenção maior da administração da universidade por conta da falta
de estrutura. A possibilidade, segundo o reitor, é que a graduação não seja mais
ofertada. Ele explicou, contudo, que nenhum aluno será prejudicado caso ocorra
o fechamento de cursos. "Não vamos encerrar o curso e prejudicar os
alunos. Todas as turmas que já começaram vão até o final", ressaltou
Carlos Alberto.
No início do ano, a UESPI enfrentou uma greve de
mais de 40 dias de professores e alunos. As pautas de reivindicação integram o
movimento da comunidade acadêmica, denominado "SOS UESPI" que teve
início ainda em setembro de 2010 e tem mobilizado a comunidade acadêmica. Na
pauta de reivindicações dos estudantes consta a melhoria da infraestrutura da
Universidade, sejam laboratórios ou bibliotecas. Já os professores pedem
melhoria salarial.
Jornal da Parnaíba
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