quarta-feira, agosto 10, 2011

UESPI vai oferecer apenas metade das vagas de cinco anos atrás


A notícia triste desta terça-feira (9) para a educação no estado do Piauí foi dada pelo reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Carlos Alberto Pereira, que durante entrevista concedida ao Jornal do Piauí, na TV Cidade Verde, informou que as estimativas iniciais apontam que 500 vagas serão reduzidas no vestibular 2012 da instituição. De acordo com o reitor, ainda este semestre o Conselho Universitário da UESPI deverá bater o martelo em relação ao número de vagas que serão ofertadas.


No ensino público superior, Parnaíba é uma das cidades mais prejudicadas, daqui já foi retirado o Curso de Cadetes da Academia de Polícia Militar do Piauí que teve sua última turma encerrada no dia 17 de julho de 2009. A oferta de novas vagas no Curso de Odontologia da UESPI/FACOE no Campus Alexandre Alves Oliveira em Parnaíba, já foi ameaçada por diversas vezes.

De acordo com o reitor da instituição, Carlos Alberto Pereira, a quantidade de vagas ofertadas dependerá das condições estruturais da UESPI que passa por uma crise institucional desde setembro de 2010. "O que tem estrutura funcionará, o que não tem, não vai ser ofertado. Temos que ver ainda a quantidade dessas ofertas, que também passa pelas condições de cada curso e, nesse momento, temos um problema grande com laboratórios", comentou.

Leia também:
Academia de Polícia do Piauí, em Parnaíba, só restou uma curta história

No vestibular deste ano foram ofertadas 3.580 vagas. "Essa redução não é de agora. Há cinco anos tínhamos 5 mil vagas. No ano passado, 3 mil e 500, e agora poderemos ter 3 mil. Mas, o que deixamos de ofertar no vestibular regular destinamos a outras áreas, como o ensino à distância", acrescentou o reitor da UESPI.

Cursos como Segurança Pública estão recebendo uma atenção maior da administração da universidade por conta da falta de estrutura. A possibilidade, segundo o reitor, é que a graduação não seja mais ofertada. Ele explicou, contudo, que nenhum aluno será prejudicado caso ocorra o fechamento de cursos. "Não vamos encerrar o curso e prejudicar os alunos. Todas as turmas que já começaram vão até o final", ressaltou Carlos Alberto.

No início do ano, a UESPI enfrentou uma greve de mais de 40 dias de professores e alunos. As pautas de reivindicação integram o movimento da comunidade acadêmica, denominado "SOS UESPI" que teve início ainda em setembro de 2010 e tem mobilizado a comunidade acadêmica. Na pauta de reivindicações dos estudantes consta a melhoria da infraestrutura da Universidade, sejam laboratórios ou bibliotecas. Já os professores pedem melhoria salarial.

Jornal da Parnaíba

Nenhum comentário: