Capitão Evandro Rodrigues, presidente da Amepi (Associação de Militares do Piauí) |
Apesar do desembargador Luís Gonzaga Brandão de
Carvalho, de plantão no sábado (13) no Tribunal de Justiça do Piauí, ter
decretado a ilegalidade do movimento "Polícia Legal, Tolerância
Zero", organizado por bombeiros e policiais militares que reivindicam melhores
condições de trabalho e reajuste salarial, os militares não estão
cumprindo e continuam nos quartéis.
No processo, que foi aberto em pedido da
Procuradoria Geral do Estado, o desembargador considerou que a segurança é
um serviço essencial à população e que não pode deixar de ser oferecido. Além
disso, Brandão também apela para a constituição, que proíbe greve no setor
militar.
O Capitão Evandro Rodrigues, presidente da Amepi
(Associação de Militares do Piauí) e um dos líderes do movimento, se mostrou
indignado com a decisão do desembargador. "Não existe greve, é um absurdo
o que estão fazendo. É uma demonstração de poder do Estado", alega. A
mesma posição é compartilhada pelo vereador R. Silva, também sargento
da PM. "Os militares não estão grevando. Todos comparecem aos quartéis e
cumprem seus horários, agora quem não tem condições de sair às ruas para
executar o seu trabalho não sai e atesta isso em um documento escrito para os
seus comandantes", afirma.
Apesar da decisão judicial, capitão Evandro garante
que o movimento continua. "Se for pra fazer assim, com abuso de poder, que
faça, nós vamos continuar com o movimento e lutando pelos nossos
direitos", conclui o capitão.
Jornal da Parnaíba
Um comentário:
Nós militares que prestamos serviço no TJ-PI inclusive prestando segurança ao desembargador, estamos com mais de 20 anos sem férias, sem armamento e sem fardamento. Isto sim é ilegalidade.
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