domingo, agosto 14, 2011

TJPI decreta ilegalidade do movimento, mas militares não obedecem


Capitão Evandro Rodrigues, presidente da Amepi
(Associação de Militares do Piauí)
Apesar do desembargador Luís Gonzaga Brandão de Carvalho, de plantão no sábado (13) no Tribunal de Justiça do Piauí, ter decretado a ilegalidade do movimento "Polícia Legal, Tolerância Zero", organizado por bombeiros e policiais militares que reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, os militares não estão cumprindo e continuam nos quartéis.


No processo, que foi aberto em pedido da Procuradoria Geral do Estado, o desembargador considerou que a segurança é um serviço essencial à população e que não pode deixar de ser oferecido. Além disso, Brandão também apela para a constituição, que proíbe greve no setor militar.


O Capitão Evandro Rodrigues, presidente da Amepi (Associação de Militares do Piauí) e um dos líderes do movimento, se mostrou indignado com a decisão do desembargador. "Não existe greve, é um absurdo o que estão fazendo. É uma demonstração de poder do Estado", alega. A mesma posição é compartilhada pelo vereador R. Silva, também sargento da PM. "Os militares não estão grevando. Todos comparecem aos quartéis e cumprem seus horários, agora quem não tem condições de sair às ruas para executar o seu trabalho não sai e atesta isso em um documento escrito para os seus comandantes", afirma.

Apesar da decisão judicial, capitão Evandro garante que o movimento continua. "Se for pra fazer assim, com abuso de poder, que faça, nós vamos continuar com o movimento e lutando pelos nossos direitos", conclui o capitão.

Jornal da Parnaíba

Um comentário:

Anônimo disse...

Nós militares que prestamos serviço no TJ-PI inclusive prestando segurança ao desembargador, estamos com mais de 20 anos sem férias, sem armamento e sem fardamento. Isto sim é ilegalidade.