Companhia já vendeu mais de 60% da energia dos
novos parques, que somam 75MW médios. A Tractebel, apesar de se posicionar de
forma contrária ao atual cenário de extrema competitividade e baixos retornos
dos leilões do governo, informou nesta quinta-feira (4/8) que inscreveu no
certame deste mês os cinco projetos eólicos que está construindo para comercializar
no mercado livre.
Segundo explicação do diretor financeiro e de
relações com investidores da elétrica, Eduardo Sattamini, a empresa precisa
marcar presença e acompanhar o processo de licitação. "Estamos entrando
para verificar. Se tiver com um preço atrativo, a gente pode contratar".
O executivo afirma que a empresa continua achando
as condições ruins, mas prefere arriscar. "Vai que no leilão o
comportamento se altera e o pessoal entende que não deve exigir retorno baixo?
Vamos manter nossa postura, e se o preço for muito baixo, a gente sai",
analisa o executivo, que participou de reunião com investidores em São Paulo.
Sattamini afirmou ainda que os preços-teto são
interessantes na visão da companhia - R$139/MWh no leilão de A-3 e R$146/MWh no
de reserva -, e que, caso se mantenham alinhados com a taxa de retorno da
Tractebel, a empresa deve sim aproveitar a chance de vender energia por 20
anos. De toda forma, grande parte da eletricidade a ser gerada pelos parques
eólicos já está contratada no mercado livre, venda que serviu como exigência
para a viabilidade dos empreendimentos.
Uma definição do conselho da empresa determinou que
para dar andamento às construções da usina eólica Porto do Delta (30MW) e do
complexo eólico Trairi (115,4MW), respectivamente no Piauí e Ceará, a companhia
deveria vender ao menos 60% da energia aos consumidores livres. E, de acordo
com Sattamini, esse valor já foi inclusive superado, à medida que a Tractebel
continua a fechar contratos durante as obras.
Juntas, as cinco plantas custarão R$626 milhões e
somam 145,4MW (75MW médios), e os acordos já estabelecidos têm entre três e
cinco anos de duração. Os acertos para fornecimento também estão feitos. Entre
eles, geradores da Siemens e transformadores da Weg.
Consolidação
O diretor da Tractebel rechaçou uma obsessão por um papel de aquisições desenfreadas no setor. "Não buscamos mais participação no mercado, buscamos investimentos que darão retorno. Se alguém quer crescer com pouca rentabilidade, tudo bem". Em cima disso, Sattamini explicou que a tendência na compra de ativos do grupo GDF Suez é de fazê-la via Tractebel, pelo menos no caso das movimentações no mercado local.
O diretor da Tractebel rechaçou uma obsessão por um papel de aquisições desenfreadas no setor. "Não buscamos mais participação no mercado, buscamos investimentos que darão retorno. Se alguém quer crescer com pouca rentabilidade, tudo bem". Em cima disso, Sattamini explicou que a tendência na compra de ativos do grupo GDF Suez é de fazê-la via Tractebel, pelo menos no caso das movimentações no mercado local.
Sobre a possível fusão com a Duke Energy, ventilada
recentemente, o executivo classificou como "rumores de mercado".
Mesmo assim, admitiu que poderia vir a ser um negócio interessante, assim como
no caso da AES Tietê e da Cesp, outras empresas que já tiveram o nome ligado a
uma possível negociação com o grupo.
Jornal da Parnaíba | Por Paulo Silva Junior/Jornal
da Energia


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