A polícia já teria identificado um nome, tido como
o mais forte suspeito da morte da estudante de Direito de 19 anos, Fernanda
Lages, morta na última quinta-feira (25/08). A informações foi dada na coluna do jornalista
Efrém Ribeiro, o indivíduo de iniciais G.P. já é considerado como suspeito
número um. A polícia estaria esperando provas mais contundentes para enfim
pedir a prisão do suspeito. Fernanda Lages teria sido empurrada do alto do 5º
andar do prédio da obra do Ministério Público Federal, na Avenida João XXIII.
Hipótese do suicídio não é aceita pela família
A família de Fernanda Veras aceita várias hipóteses
para a morte da jovem, menos a de suicídio. O desabafo é de Cassandra Lages,
tia da vítima. Ela declarou à imprensa que é inconcebível uma jovem alegre como
Fernanda ter pulado do quinto andar do prédio em construção da Procuradoria
Geral da União no Piauí.
Veículo de Fernanda encontrado em frente ao local do crime |
“Ela gostava muito de viver, de dançar, de sorrir, não existe nenhuma hipótese
de suicídio”, argumentou a tia de Fernanda.
O boato que a estudante teria se matado foi veiculado por alguns meios de comunicação na noite de domingo (28) e na manhã desta segunda-feira (29). A polícia não descarta essa hipótese. O secretário de Segurança Pública Raimundo Leite disse que “ainda tem muita coisa para ser investigada”.
Essa é a primeira vez que um parente da vítima ocupa a mídia para falar do caso. Alguns familiares dizem que o assassino de Fernanda Veras é uma pessoa ligada à obra onde ela foi encontrada morta na última quinta-feira (25).
Providências
O secretário Raimundo Leite disse que três providências serão tomadas na investigação das causas da morte de Fernanda Veras: o material do corpo da estudante como a pele encontrada nas unhas da jovem, amostra do seu cabelo e do sangue serão encaminhados para análise em um laboratório de Fortaleza. A polícia vai fazer outra reconstituição no mesmo horário em que o crime ocorrera e a terceira providência é que o carro será periciado novamente.
Sepultamento de Fernanda ocorrido em Barras (PI) |
"Não matem a
verdade
Não agridam a inteligência dos outros. Essa tese de
suicídio da estudante Fernanda Veras (encontrada morta semana passada, em obra
do MPF) só pode ser uma tentativa de esconder os verdadeiros fatos e, quiçá o
verdadeiro autor de tão cruel, monstruoso crime. Enquanto o secretário de
Segurança Pública é visto entrando para uma reunião reservada com o governador
do Estado nas primeiras horas da manhã e policiais disparam as mais absurdas
teorias sobre o caso, a cidade se enche de receio de que a verdade esteja
também sendo assassinada.
A renúncia do delegado de Polícia Civil, Mamede Lima,
encerra por si uma dúvida sobre se a linha de investigação por ele inicialmente
levantada pode estar sendo desvirtuada ao sabor sabe Deus de quais interesses.
As versões sobre quem teria matado a estudante são as mais diferentes e uma
delas chega a causar repúdio pelo nome do personagem citado. Falam num
engenheiro de família ilustre de Teresina, bem situada econômica, social e
politicamente, mas com um histórico de agressões às suas namoradas, também a
uma ex-mulher, sempre que ingere bebida alcoólica.
Há informações de amigas da
vítima de que ele foi visto várias vezes com a estudante. A grande preocupação
é de que, por conta do que se especula em torno desse personagem, as
investigações tomem novos rumos, daí a tentativa de passar para a opinião
pública uma estranha e por todos os títulos inverossímil versão de suicídio da
vítima. A Polícia Civil, com seu quadro praticamente todo renovado mediante
concurso público, não pode se curvar à ação de pseudos poderosos.
Se de fato
houve o crime e a polícia tem condições de identificar seu autor, não há o que
temer. E nem o que perder. Muito ao contrário, o desvendamento da barbárie e a
consequente divulgação do nome do perverso criminoso só enaltecem a ação policial." (Arimatéia Azevedo/PortalAZ)
Jornal da Parnaíba
Um comentário:
Nesta cidade a política e a renda concentrada em pirâmide na mão de poucas famílias causam monstros como estes, que não se freiam a empurrar jovens alcoolizadas de cima das construções.
Pior é saber que nem a Polícia Federal teve escrúpulo ou capacidade de provar e prender o assassino.
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