quinta-feira, agosto 25, 2011

Estudante de direito é brutalmente assassinada

A avenida João XXIII foi palco de um episódio dramático. Uma jovem barrense, Fernanda Lages Veras (21 anos), estudante de direito, foi encontrada morta nesta quinta-feira (25) na obra da construção do prédio da Procuradoria Regional da República. Segundo informações do agente Pimentel, do 5º Distrito Policial há sinais de luta. O corpo encontra-se bastante ensanguentado. Um automóvel Fiat Uno foi encontrado abandonado em frente à obra. As chaves do veículo ficaram jogadas no chão entre o carro e o corpo. As polícias Federal e Militar encontram-se no local.

Os primeiros levantamentos apontam que a vítima foi morta com uma pancada na cabeça. O veículo está em nome de uma pessoa da cidade de Barras. Familiares da vítima estão se dirigindo ao local.
Um engenheiro que trabalha na obra, que preferiu não se identificar, disse que o vigilante do turno da noite viu quando a jovem apareceu na obra e aparentemente não foi forçada a entrar. Ainda de acordo com o engenheiro, não há sinais claros de violência sexual.

Veículo de Fernanda Lages Veras em frente a construção
As primeiras linhas de investigação apontam para crime passional. O corpo de Fernanda Veras está no Instituto Médico Legal onde será embalsamado e levado para o município de Barras onde mora família. Os pais esperam o corpo da filha em Barras onde será velado e enterrado. Ela é filha do ex-vereador Paulo Lages e Neta de Umbelino Lages. Ele é um dos maiores representantes da bacia leiteira do Piauí. Fernada era uma menina muito bonita, simpática, inteligente e boa filha. O crime comoveu toda a cidade. Na porta do IML uma multidão de barrenses amigos e parentes foram se solidarizar com a família.

Perícia examina corpo de Fernanda Lages Veras
Amigas ficaram até às 4:30hs
O delegado Mamede Rodrigues, titular do 5º Distrito Policial, ouviu informalmente amigas da estudante de Direito Fernanda Veras por volta do meio-dia desta quinta-feira. Ainda hoje ele deve instaurar o inquérito policial e começar a colher os primeiros depoimentos.


As jovens informaram que na noite de quarta saíram com Fernanda para um restaurante na zona leste da capital, onde assistiram a um jogo de futebol. Em seguida, as amigas teriam ido para uma boate também na zona leste. E, por fim, elas seguiram para um bar na Avenida Miguel Rosa, de onde Fernanda Veras saiu por volta das 4:30  horas da madrugada, informando que estava indo para casa, situada no bairro São João.

Prima e Tia de Fernanda Lages Veras choram a ver o corpo
Percurso após saída do bar
Foi feito o mapeamento do percurso que a estudante de Direito Fernanda Lages Veras (19 anos) fez até o local onde foi encontrada morta na madrugada desta quinta-feira (25).

Segundo o delegado Mamede Rodrigues, Fernanda saiu do apartamento onde morava com amigas no bairro São João, zona Leste e foi para a faculdade Santo Agostinho, onde estuda, após assistir aula, ela seguiu para o restaurante Chão Nativo encontrar com amigas, depois ela foi para o bar Pernambuco, na Avenida Miguel Rosa, centro Norte. Saiu deste bar as 4:30 horas e daí para o local onde foi encontrada morta, em uma obra da Procuradoria Geral da União, na Avenida João XXIII.
 
Pablo Vital, ex-namorado de Fernanda Lages
Ex-namorado
O delegado ouviu Pablo Vital, 23 anos, ex-namorado da jovem. Eles passaram cerca de oito meses juntos e teriam terminado o relacionamento há três meses. Sua irmã, Daniele Vital, foi com os pais até a delegacia e confirmou ter chegado em casa no mesmo horário que o irmão, por volta de 22h, e que ele não saiu depois disso. Segundo ela, Pablo é muito caseiro e não costuma sair muito à noite, um dos motivos para que o relacionamento não prosperasse. Daniele contou ainda que a amizade com Fernanda continuou após isso, tanto que as duas trabalhavam no mesmo shopping e uma dava carona para a outra.
 
Pablo contou ao delegado que falou com Fernanda na noite de ontem, por volta de 21h, pessoalmente na faculdade, mas o assunto não foi divulgado. O depoimento se estendeu por conta de um problema no computador que registrava os relatos do ex-namorado. O delegado não colocou Pablo como suspeito.
Jornal da Parnaíba

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