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Presidente da OAB-PI, Sigifroi Moreno |
Na última terça-feira (05), o Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da Comissão Nacional do Exame de Ordem,
divulgou o desempenho das Instituições de Ensino Superior (IES) do país no
Exame de Ordem 2010.3. As universidades públicas obtiveram os melhores desempenhos
em termos proporcionais, ficando nos cinco primeiros lugares, respectivamente:
Universidade de Brasília (UnB), 67,44%; Universidade Federal de Juiz de Fora,
67,35%; Universidade Federal de Minas Gerais, 65,32%; Universidade de São Paulo
(USP), 63,46%; e Universidade Federal do Piauí (UFPI), 60,98%.
Desde a primeira etapa do Exame a UFPI apresenta
bons resultados, tendo 80,49% dos examinandos aptos a realizarem a segunda
etapa. No entanto, o bom desempenho da instituição não foi suficiente para elevar
a classificação do estado no que diz respeito a porcentagem de aprovação, que
só teve 10,98% dos 1.802 examinandos aprovados. Os estados que mais aprovaram
foram: Ceará, 18,01%; Sergipe, 15,70%; Paraíba, 13,91%; Rio de Janeiro, 13,76%;
e Minas Gerais, 13,5%.
O presidente da OAB-PI, Sigifroi Moreno, disse
estar “extremamente preocupado com o baixo índice de aprovação no país, que
evidencia a baixa qualidade do ensino jurídico e a necessidade de uma maior
rigidez na fiscalização do MEC, principalmente, nas 90 instituições que tiveram
desempenho zero, das quais três são piauienses”.
Esse também é o sentimento do presidente nacional
da OAB, Ophir Cavalcante, que, em ofício enviado ao ministro da Educação,
Fernando Haddad, solicita que o MEC imponha regime de supervisão às
instituições de ensino em Direito das quais nenhum bacharel ou estudante teve
êxito na última edição do Exame de Ordem e alega ser péssima a qualidade do
ensino jurídico no país.
Em resposta, as faculdades piauienses com
desempenho zero alegaram que usaram treineiros no Exame de Ordem e, por isso,
obtiveram esse resultado. O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem
da OAB-PI, Antonio Wilson, acredita que só isso não explica o péssimo
rendimento das instituições e justificou que 25% dos treineiros do país
conseguiram êxito na prova, atribuindo o baixo rendimento das faculdades à
deficiência do ensino e ao interesse dos alunos.
Jornal da Parnaíba | OAB Piauí
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