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Fernando Correia Lima, presidente do CRM-PI |
O presidente do Conselho Regional de Medicina do
Estado do Piauí (CRM-PI), o médico Fernando Correia Lima, é contra a interiorização
do curso para os campi de Parnaíba e Picos.
Na semana passada o reitor da Universidade Federal
do Piauí (UFPI), Luiz Junior, concedeu entrevista informando que serão abertas
100 vagas para medicina, sendo 50 para o campus de Parnaíba e 50 para o campus
de Picos.
O presidente do CRM-PO reagiu e afirmando que a
UFPI não tem condições de manter um ensino de qualidade nessas duas cidades. Segundo
suas declarações “nem em Teresina, há uma ampla rede hospitalar, há pessoal
suficiente e capacitado para o ensino da Medicina, quanto mais nas cidades onde
a rede hospitalar é precária”, disse o presidente.
São declarações como estas de uma pessoa que não
conhece de perto a realidade do município que atrapalham o desenvolvimento do
estado. Parnaíba tem sim pessoas capacitadas, temos bons profissionais médicos
e nossa região precisa deste curso. A UFPI fez um estudo preliminar para
conhecer as reais necessidades do curso e chegou a conclusão de sua viabilidade
técnica.
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Jornal da Parnaíba
4 comentários:
Quanto bairrismo. Se não tem pessoal qualificado para a implantação do curso, a Universidade vai contratar ou remanejar esse pessoal e quem ganha com isso é a Região, que disporá de mais profissionais qualificados e Laboratórios ou até um Hospital universitário. O Doutor CORREIA LIMA que se mude pra outro Estado se não concordar.
A verdade é que esta não e a solução para a interiorização de médicos. Não precisamos de mais cursos de Medicina. O Brasil possui 181 escolas médicas, públicas e privadas, estando em segundo lugar, no planeta, em número de cursos,perdendo apenas para a Índia que tem 272 escolas, mas com uma população de 1,2 bilhão de habitantes(mais de 6 vezes a nossa). Na última década houve uma duplicação do número de cursos, porém a dessasistência e má distribuição dos médicos se mantiveram.Além disso, esse aumento, em nada criterioso, não veio acompanhado de qualidade de ensino, o que põe em risco a saúde da população.Sou médico, parnaibano, e solidário à posição do presidente do CRM-PI, que, a propósito, é a mesma do Conselho Federal de Medicina e de todas as nossas entidades de classe, como a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos.Só o médico na localidade não resolve o problema. Tem que ser dado condições de infraestrutura, melhores vínculos empregatícios (que hoje dependem da variação política local), a criação de uma carreira de Estado( assim como no Judiciário), com perspectiva de progressão. Estes sim são alguns dos elementos apontados como realmente eficazes para a interiorização dos médicos. Somos 347 mil médicos em todo país, com 16 mil a cada ano incrementando essa estatística. Só que mais de 70% estão nos grandes centros urbanos, onde se encontram as melhores condições de trabalho. O que os governos tem que oferecer, no momento, são condições dos médicos realizarem diagnósticos e tratamentos em áreas distantes.Como parnaibano seria maravilhoso ter um curso desse nível em nossa cidade. No entanto, não basta a necessidade "numérica" e viabilidade técnica.Análises mais profundas e bem fundamentadas devem ser realizadas para que todos saiam benefiados (estudantes, município e região, pacientes), sem pressões externas. Ainda não tinha visto, em nenhuma notícia sobre esse tema,a participação do Conselho Estadual da profissão. Um curso como esse não pode ser instalado da noite para o dia e sem a participação da maior entidade ligada à profissão. Reflitam! Um abraço!
Para Sérgio R. Cruz
Concordo em parte com seus argumentos, mas não podemos ser a palmatória do mundo. Nossa região (Parnaíba e cidades circunvizinhas) beira os 400 mil habitantes, em sua maioria pessoas pobres que não tem condições de mandar um filho estudar em um grande centro e esta seria mais uma oportunidade do filho do pobre se tornar doutor.
Temos que lutar por uma infraestrutura melhor para os médicos, isto é uma verdade, mas aí é uma outra história e que não cabe aos estudantes e sim ao próprio CRM.
O que não dá para justificar é a população pobre de nossa região chegar a um desses PSF e não encontrar médico, odontólogo, enfermeiros porque não tem médicos suficientes em nosso município e com isso a população fica sem assistência.
Dr Sergio R Cruz, passa a sensação de que ele gostaria de ser o único médico de Parnaiba.
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