Artigo do Jornalista Zózimo Tavares, publicado no Jornal
Diário do Povo desta quinta-feira, 14 de julho, mostra o descaso das
prefeituras do Piauí em relação aos concursados e aprovados. A matéria enfoca a
exigência feita pelo Ministério Público do Trabalho junto às prefeituras para a
realização de concurso público, mas estas realizam o certame, mas não convocam
os aprovados.
Um exemplo prático desta situação ocorre na
Prefeitura de Luis Correia (PI) que tem a frente o prefeito Francisco Araújo Galeno, o Kim do Caranguejo, onde mais de mil vagas foram colocadas a disposição,
depois de várias polêmicas finalmente a prova foi aplicada, o resultado saiu
com atraso ainda no mês de abril, entretanto até esta data nenhum aprovado foi chamado
para assumir.
Leia reportagem na íntegra
Prefeituras realizam concurso, mas não convocam
aprovados
O Ministério Público do Trabalho, no estrito
cumprimento de seu dever, obrigou prefeituras de dezenas de municípios do Piauí
a dispensar servidores contratos sem concurso e a realizar concurso para
admissão de novos funcionários. Para tanto, assinou Termos de Ajuste de Conduta
com os prefeitos.
Os concursos foram realizados e, em muitas cidades, os aprovados nunca foram
empossados. Vários desses concursos foram parar na Justiça, por denúncia do
Ministério Público, através dos promotores das comarcas locais. Estes apontaram
irregularidades na realização dos concursos e bateram à porta da Justiça.
Há casos em que os aprovados aguardam há mais de um ano por um desfecho da
questão e a sua consequente nomeação. Mas a Justiça parece não ter pressa em
resolver o problema. Há concursos cujas ações se encontram em grau de recurso,
nas comarcas ou mesmo no Tribunal de Justiça do Estado.
Claro que não é admissível a realização de concursos públicos viciados. Mas é
incompreensível que a Justiça leve tanto tempo para decidir sobre uma questão
tão urgente e tão relevante. As comunidades do interior estão sendo privadas de
vários serviços justamente por conta dessa demora.
Nessa conjuntura de falta de emprego, milhares de jovens participaram dos
concursos promovidos pelas prefeituras na esperança de abrir uma porta para o
trabalho, através do mérito pessoal. Hoje, porém, a maioria deles está caindo
na desilusão. De que adiantou tanto esforço pessoal, com horas a fio de
estudos, e fazer uma boa prova?
Além de prejudicar as prefeituras e a população, a demora no julgamento das
ações põe em xeque também a credibilidade da instituição concurso público.
Diante disso, sugere-se que a Justiça, em suas diferentes instâncias, promova
um mutirão para julgar essas pendências. Se há mutirão para soltar bandidos,
por que não pode haver também para dar oportunidade de trabalho a tantos jovens
que estudam? (Zózimo Tavares - Diário do Povo)
Jornal da Parnaíba

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