quinta-feira, abril 28, 2011

Governador visita Porto de Luis Correia

Wilson Martins em visita ao Porto
Antes da inauguração orla da praia de Atalaia, por volta das 11:00 hs da manhã, Wilson Martins visitou a obra do Porto de Luis Correia. Lá ele ouviu atentamente as explicações do engenheiro responsável pela obra, Heitor Gil Castelo Branco. O engenheiro afirmou que em breve irão entregar o píer e que tudo está saindo de acordo com o cronograma. Wilson Martins também conversou com funcionários da Staff Construtora e Drenagem, responsável pela construção e se mostrou muito satisfeito com seu andamento.

Neste momento o porto está sofrendo uma ampliação que irá permitir que receba navios com capacidade de 70 mil toneladas equivalente a capacidade dos portos de restante do país e as dimensões do píer estão sendo ampliadas.

Até o final do ano a meta do governo já é receber navios em Luís Correia e para o próximo ano a idéia é finalizar as obras de todo o porto, entregues pelo governo em pleno funcionamento. Para isto já tem recursos assegurados pelo PAC

Jornal da Parnaíba

Um comentário:

colombo disse...

Lendo essa matéria, me ocorreu uma lembrança de fatos passados há algumas décadas. Como diz a máxima, a história se repete. Todos nesse Estado conhecem ou pelo menos ouviram comentários a respeito da capacidade idealizadora e a vontade de desenvolver o Piauí, do saudoso Eng° Dr. Alberto Silva. Pois bem. Em seu ultimo governo, numa de suas louváveis idéias, ele pensou em inserir o Rio Parnaíba na relação dos Rios Navegáveis do País. Isto significaria mais recursos para a manutenção da navegabilidade, mais empregos e desenvolvimento. Para viabilizar sua idéia teria que fazer um barco descer Rio abaixo e outro fazer a viagem inversa. Mandou fazer um projeto de construção de dois barcos, obviamente fomentando a indústria naval criou-se o Estaleiro Igaraçú. O projeto de duas embarcações com 22,70m de comprimento cada. Ambas de baixo calado para poderem enfrentar os bancos de areia ao longo do Rio Parnaíba. Equipadas com Sonares e outros apetrechos. Solicitou os recursos ao BNDS, tendo como agente financeiro o Banco do Estado do Piauí e o Banco do Nordeste. Para surpresa de todos e para comprovar a credibilidade do então Governador, os recursos foram liberados a contento e em quantidade superior ao esperado. Para fazer jus ao montante disponível, os executivos do Estaleiro alteraram as características originais do Projeto da já famigerada ‘Barca do Sal’. Os então 22,70m pularam para 48,70m. até admitamos que o Governador soubesse da manobra, mas talvez ele tenha contado com inteligência demais onde só tinha esperteza. A dita foi tamanha que os executores no afã do dinheiro esqueceram-se de certos detalhes da obra, tais como o trilho que sustenta e dar condução a uma embarcação até a flutuação n’água. Construído o primeiro barco, foi convidada para fazer o batismo da mesma, a primeira Dama, Marly Sarney. Cortada a faixa, o champanhe bateu no casco e empinou de volta sem quebrar. Estava selada a desgraça do Projeto, assim reza a lenda. Não por isso. A inexperiência dos executivos do Estaleiro era tanta, que não calcularam corretamente a altura necessária para romper o casco do champanhe. Seguiu-se então o lançamento da nave. Problemas a vista. O deslocamento não foi mais que 30cm. Os trilhos não suportando o peso, selaram, formando uma superfície côncava. Para se conseguir lançar ao Rio a embarcação, diversas foram as tentativas, inclusive com um trator D8 na outra margem puxando-a com fortes cabos de aço. Isso rendeu matérias e piadas com o nome do Eng° Alberto Silva. Diziam que a barca do sal só navegava no Rio, se rebocada por um trator. Sem mais delongas e sem pesar ao Ilustríssimo Político de então, analisando bem, vimos que a idéia era brilhante, o problema estava na execução.
Quando vejo essas autoridades achando que ‘descobriram a roda’ e que vão viabilizar o porto de Luis Correia, lembro este episódio.
Nunca veremos navios de grande calado ancorados naquele porto. Por uma questão muito simples, não há profundidade suficiente alie as embarcações de baixo calado não são comuns em oceanos e mares, apenas nos rios.
No Litoral Piauiense o único local possível disso acontecer é na Curicaca, Município de Cajueiro da Praia. Onde de maré seca temos até15 pés de calado.
Mais uma vez as verbas destinadas ao Piauí, serão usadas em obras populistas e sem resultado prático.