domingo, novembro 07, 2010

Porto de Luis Correia receberá navios de até 70 toneladas

Píer do Porto de Luís Correia terá 200 metros e vai operar com grandes navios, de até 70 toneladas; Somenete nos Tabuleiros Litorâneos estão sendo aplicados cerca de R$ 264 milhões.

Acompanhados de técnicos das secretarias de Transportes (Setrans) e Planejamento (Seplan), professores do ensino superior de Parnaíba, público e privado, visitaram na última sexta-feira (05) as obras do porto de Luís Correia e de implantação da segunda etapa do projeto de irrigação Tabuleiros Litorâneos, que estão sendo executadas pelo governo.

No porto, o engenheiro Heitor Gil Castelo Branco, do consórcio responsável pelas obras, deu detalhes sobre a construção e garantiu que tudo está ocorrendo dentro do cronograma. Segundo ele, na atual etapa não há como andar mais rápido. “O trabalho é técnico e não adianta colocar mais operários porque eles não vão ter o que fazer”.

Castelo Branco lembrou que em 2008, quando o consórcio assumiu a construção do porto, as obras estavam paradas há mais de vinte anos. “Tivemos que executar um trabalho minucioso de recuperação de tudo o que havia sido construído. O trabalho que estamos fazendo agora é de cravação das estacas e de concretagem do píer”, explica.

O píer, ou cais, terá de início 200 metros de extensão. No momento foi concluída a cravação de estacas do módulo três e estão sendo iniciados os trabalhos do módulo quatro. Cada módulo possui 50 metros de extensão e o píer poderá ser ampliado no futuro, dependendo da demanda.

Segundo o engenheiro, depois de concluídos os 200 metros, o cais será alargado de dez para 16 metros, com a colocação de estacas metálicas, o que vai permitir que o porto possa operar com grandes navios, de até 70 toneladas, que respondem por cerca de 90% da frota brasileira.

Nos Tabuleiros Litorâneos, os professores receberam explicações de engenheiros que trabalham na implantação da segunda etapa do projeto, onde estão sendo aplicados cerca de R$ 264 milhões, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e de colonos que já produzem na primeira etapa.

Antônio Lúcio, presidente do conselho de administração do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos (Ditalpi) e o maior produtor de acerola do projeto, disse que a fruta é o carro-chefe. “Toda nossa produção, por ser orgânica, é vendida sem dificuldades e o principal comprador é uma multinacional com fábrica na cidade cearense de Ubajara”. A segunda etapa do projeto, com 311 lotes, deverá entrar em fase de operação definitiva no início de 2012.

“O porto é uma necessidade não só para Parnaíba, mas para o Piauí, e o projeto Tabuleiros Litorâneos é um grande incentivo ao desenvolvimento da produção de frutas na nossa região”, diz o professor Ariosto de Oliveira Lima, do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Parnaíba. “Agora temos uma visão do que está ocorrendo e vamos transmitir aos nossos alunos”, conclui o professor Jefferson Carvalho, um dos diretores do Instituto Federal de Educação (Ifet) na cidade. Professores da Faculdade Piauiense (Fap), da iniciativa privada, também participaram.

Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: CCOM

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