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Raimundo Ibiapina, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sitricon) |
Em Teresina predomina a construção de edifícios e de redes de supermercado, além das obras de ordem pública.
A falta de trabalhadores da construção civil no Piauí vem preocupando o setor. O motivo, segundo o sindicato, são os baixos salários oferecidos pelos patrões. O piso do Piauí é o menor do país, não ultrapassando R$ 720. Com isso os trabalhadores daqui preferem migrar para outros Estados em buscas de melhores oportunidades e condições de trabalho. A saída dos profissionais especializados prejudica o andamento de obras importantes, haja vista que empresas de grande porte estão se instalando em todo o Piauí. Em Teresina predomina a construção de edifícios e de redes de supermercado, além das obras de ordem pública.
Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pará são os mais visados pelos trabalhadores piauienses. Os dois primeiros oferecem piso salarial de R$ 1.200. De acordo com Raimundo Ibiapina, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sitricon), a categoria luta pelo aumento da data base neste mês de novembro.
Amanhã (3) acontece a primeira rodada de negociação com o setor patronal. Ele diz que a mão de obra no Estado é escassa e cada vez mais os trabalhadores não possuem atrativos para permanecerem por aqui. "Hoje a demanda é maior do que a oferta de trabalhadores para dar conta dos serviços. Se não chegarmos a um acordo viável para ambas as partes o problema vai ganhar proporções maiores", disse Ibiapina. "O trabalhador só consegue ter um vencimento maior quando faz um esforço maior tendo que fazer horas extras", completa.
Nos próximos anos estão em vista ordens de serviços para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e da Copa do Mundo de Futebol a ser realizada no Brasil, em 2014. "Já nos preocupamos com esta demanda futura que é certa que teremos".
Outro ponto em voga é a qualificação dos profissionais. Uma das justificativas de algumas empresas por trazer trabalhadores de outros Estados para Piauí. Ibiapina reconhece que a qualificação é importante e que o sindicato busca convênios para ofertar cursos aos trabalhadores sindicalizados, mas, segundo ele, a entidade precisa de apoio. No Piauí existem 35 mil trabalhadores da construção civil, 15 mil deles se concentram em Teresina.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Diário do Povo
Fonte: Diário do Povo
Um comentário:
O principal problema é qualificação de mão de obra, gente pra trabalhar não falta, o que mais tem é gente desempregada, o que falta é qualificação.
É necessário um grande esforço dos órgãos que fazem qualificação e vontada da população para que os piauienses desempregados passe a ter um ofício. As empresas precisam de pessoas qualificadas, pra essa gente tem vagas sobrando.
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