A atividade do comércio cresceu em agosto, pelo quarto mês seguido no volume de vendas. O faturamento, por sua vez, avançou em todos os oito meses do ano sem parar. Isso fez com que o mês fosse o melhor para o setor desde 2001, início do levantamento mensal sobre o setor feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O comércio de praticamente todos os Estados cresceu de um ano para cá. Os maiores aumentos da atividade foram registrados em Tocantins (73,9%), Paraíba (31,3%), Roraima (30,1%), Rondônia (28,8%) e Acre (20,5%). O único a apresentar variação negativa foi o Piauí (-0,5%).
Em agosto, o comércio varejista do País registrou crescimento de 2% nas vendas em relação ao mês anterior. Com tais números, divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor completa quatro meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de oito meses em receita nominal. Dos estados da Federação o único que não apresentou crescimento no comércio varejista é o Piauí.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (14), o volume de vendas subiu 2% entre julho e agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, os negócios avançaram 10,4%. Esse é o maior avanço do setor para o mês desde o início da série histórica. Desde janeiro, o comércio ampliou as vendas em 11,3%.
Já quando o IBGE fala de receitas, o crescimento foi de 12,8%, entre julho e agosto; de 14,3%, em relação ao oitavo mês de 2009; e de 13,1% nos oito primeiros meses de 2010.
De julho a agosto passado, todas as 10 atividades obtiveram variações positivas no volume de vendas. Os melhores resultados ficaram com o setor de livros, jornais, revistas e papelaria (3,5%); móveis e eletrodomésticos (2,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%); veículos e motos, partes e peças (2,4%); e material de construção (2%).
Também houve aumento nas áreas de tecidos, vestuário e calçados (1,9%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%); combustíveis e lubrificantes (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%).
Segundo o IBGE, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o responsável pela principal contribuição, com 34,1% do total de vendas no período. O IBGE aponta que o setor viu reflexos do aumento da renda do trabalhador e do crescimento mais fraco da inflação no período - nos últimos 12 meses, os alimentos avançaram 2,3%, abaixo dos 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
- O resultado é fruto do aumento do poder de compra decorrente do crescimento da massa de rendimento dos ocupados, além do menor ritmo de crescimento dos preços do setor.
O setor de móveis e eletrodomésticos contribuiu com 25,6% do total de vendas no mês, mesmo após o término da política de corte de impostos - redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca - e do eventual aumento de demanda devido à Copa do Mundo.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que englobam lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, exerceram o terceiro maior impacto (10%) na formação da taxa. O desempenho da atividade também está relacionado com o aumento da renda do trabalhador, diz o IBGE.
Quanto à participação na composição da taxa global, os destaques ficam com São Paulo (9,8%), Rio de Janeiro (9,6%), Minas Gerais (11%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Paraná (7,8%).
Edição: Jornal da Panaíba
Com informações do r7.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário