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| Avião usado pelo Instituto Chico Mendes para combater o incêndio nas nascentes do Rio Parnaíba |
Cerca de 50% da área total do Parque das Nascentes do Velho Monge, que mede em torno de 729.813 mil hectares foi consumida pelo fogo no Piauí
A metade da área do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba foi castigada por queimadas desde agosto. Um levantamento revela que 365 mil hectares do Parque das Nascentes foram consumidos pelo fogo, o equivalente a 50% da área total do parque de 729.813 mil hectares. Alguns fiscais da reserva afirmam que as causas dos incêndios são intencionais, provocados por queimadas para fazerem roça ou renovar a pastagem para criação do gado.
O incêndio causa um prejuízo irreparável ao bioma, sobretudo ao cerrado.O Instituto Chico Mendes , vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, tenta quantificar as áreas de queimadas em todas as áreas de preservação ambiental do país. Mas isso ainda vai demorar algumas semanas.
A seca agrava a situação em regiões como São Raimundo Nonato, onde está o Parque da Serra da Capivara, e em Caracol, onde fica o Parque Nacional da Serra das Confusões. Mas nem mesmo o Parque Nacional de Sete Cidades, que está fora da região do semiárido, está imune aos incêndios.
As unidades no semiárido registraram a maioria das ocorrências, só conseguiram extinguir o fogo depois que uma grande área havia sido queimada. Nessa região ainda há espécies de animais em risco de extinção como as araras e o lobo guará. Ainda não é pos-sível quantificar as perdas da fauna e flora. E muitos bichos que escapam do incêndio morrem depois, por ferimentos, stress ou fome.
A ocorrência de vários focos simultâneos deixou animais encurralados. Os briga-distas não estão conseguindo combater os incêndios.
Como agravante ainda tem o hábito de usar queimadas para renovar pastos, limpar terrenos e dar fim ao lixo. Esse é outro desafio considerado pelas autoridades e ambienta-listas. Mas já existe o monito-ramento dos focos de incêndio via satélite. No parque das Nascentes do Parnaíba existe uma mescla de cultura de subsistência e criação de gado, que o Ibama e o Instituto Chico Mendes tentam acabar, mas ainda não foi possível.
Os pecuaristas põem fogo numa área para brotar o pasto verde, mas perde o controle, levando prejuízo até pra ele mesmo. No cerrado, essa prática está muito associada ao gado, para renovação da pastagem.
O Corpo de Bombeiros não tem unidade para fazer esses atendimentos de incêndio florestal. O fogo é combate pela equipe de brigadistas do PrevFogo, do Ibama.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Diário do Povo do Piauí
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