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Delta do Parnaíba no litoral piauiense |
O Delta do Parnaíba é o único das Américas em mar aberto. Igual a esse você só vai encontrar na foz do Rio Nilo, na África, ou na foz do Rio Mekong, na Ásia, mas sem as belezas naturais encontradas aqui.
O Pólo Costa do Delta é um verdadeiro paraíso no Piauí, estado com o menor litoral do Brasil. Menor, mas nem por isso menos exuberante. O Piauí guarda um verdadeiro tesouro: o único Delta das Américas em mar aberto. Espelhos d´água, mangues, dunas, lagoas, rios e praias com paisagens paradisíacas. Tudo isso com o sol brilhando forte o ano inteiro.
O Pólo da Costa do Delta – Formado pelas cidades de Buriti dos Lopes, Luís Correia, Cajueiro da Praia, Ilha Grande e Parnaíba, o Pólo Costa do Delta é um roteiro inesquecível do Nordeste brasileiro, excelente opção para os amantes de ecoturismo, inclusive. O menor litoral do País – são apenas sessenta e seis quilômetros de extensão – guarda em seu extremo uma riqueza chamada Delta do Parnaíba. Trata-se do único Delta das Américas em mar aberto. Em seu caminho até o Atlântico, o Rio Parnaíba banha quarenta e sete municípios do Maranhão e do Piauí, ao longo dos seus mil quatrocentos e oitenta e cinco quilômetros.
O Maranhão, na verdade, tem uma maior parte do Delta, apesar de a rota ser bem conhecida via Piauí, através de Parnaíba, considerada a porta de entrada para o Delta do Parnaíba. o estado vizinho detém sessenta e cinco por cento da área, enquanto apenas trinta e cinco por cento estão em terras piauienses. Os municípios maranhenses que ficam nessa área que mistura as culturas dos dois estados são Paulino Neves, Tutóia, Araioses e Água Doce.
Nesse caminho que o rio faz, ele gera praias fluviais, e, na sua foz, ao desaguar no oceano Atlântico, forma um arquipélago com dois mil e setecentos quilômetros quadrados de área. São mais de setenta ilhas, além de praias despovoadas. Essa área é subdividida em cinco ramificações: Igaraçu, Canárias, do Caju, da Melancieira e Tutóia. A paisagem da região exibe igarapés, mangues, dunas de areias brancas, lagos e mais de setenta ilhas e ilhotas, além de vários tipos de animais silvestres.
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Porto das Barcas em Parnaíba |
Parnaíba – Conhecida como a “Capital do Delta”, Parnaíba já fez do Piauí a quarta economia do País, durante os séculos XVIII / XIX. Além da beleza natural, a cidade oferece aos visitantes o complexo do Porto das Barcas, com um acervo arquitetônico colonial português com cerca de sete mil metros quadrados. Entre as atrações naturais estão a Lagoa do Portinho, cercada de dunas. Na lagoa acontece o Campeonato Mundial de Windsurfe, além de ser point de prática de muitos outros esportes náuticos. A Praia da Pedra do Sal, a quinze quilômetros da cidade, é muito procurada por surfistas e tem um belo pôr-do-sol apreciado de cima das pedras. O nome da praia vem de um fenômeno: quando o mar esta alto, as ondas quebram sobre imensas pedras, onde pequenos nichos ou depressões acumulam água e depois, com a evaporação, o sal.
Luís Correia – A cidade tem sete praias, para todos os gostos. Desde a badalação procurada pelos mais jovens, e que pode ser encontrada em Atalaia, até a tranqüilidade da Praia do Itaqui. A Praia do Coqueiro é muito procurada para a prática de kitesurfe. Os que são mais fãs de praias mais vazias devem visitar também Carnaubinha, com vegetação nativa e muitas dunas. Outras opções são, ainda, Praia do Arrombado e Macapá, com natureza ainda intacta.
Cajueiro da Praia – Com grande potencial para o ecoturismo, Cajueiro da Praia abrange as praias de Barra Grande e Barrinha, que são colônias de pescadores artesanais com balneário de praias desertas. Lá também é abrigado o Projeto Peixe-Boi Marinho, que há quase quinze anos preserva a espécie e leva educação para a população.
Ilha Grande – Recentemente desmembrada de Parnaíba, Ilha Grande é uma das mais belas paisagens do litoral do Piauí. Dunas, manguezais, lagoas formadas pelas águas das chuvas, rio e passeios de barco fazem dessa cidade quase uma parada obrigatória para quem visita a região. No antigo povoado Morro da Mariana é possível encontrar artesanato em rendas de bilro e em palha.
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Guará, ave símbolo do Delta |
Ilha do Caju – Localizada a noroeste do Delta do Parnaíba, a Ilha do Caju está a cinqüenta quilômetros da cidade de Parnaíba e tem menos de cem habitantes e mais de dez mil hectares de mangues, dunas, matas e campos, além da sede de uma antiga Fazenda, hoje transformada em Pousada. Por ser a única ilha completamente preservada da região, atrai aves migratórias como o Guará, ave símbolo do Delta, e é destino procurado por ecoturistas e estudiosos da natureza – Biólogos.
Porto das Barcas – Porto fluvial de onde partem alguns dos passeios de barco pelo Delta do Parnaíba. Além disso, é um complexo turístico formado por armazéns e prédios dos séculos XVIII / XIX restaurados, que hoje abrigam bares, restaurantes, lojas de artesanato, museus e uma pousada, além das operadoras que promovem os passeios.
Praias – A única praia do município de Parnaíba fica na Ilha Grande de Santa Isabel, A praia da Pedra do Sal, distante quinze quilômetros do Centro. Apresenta um cenário de dunas, pedras, barcos de pescadores e bares rústicos na areia. Outras praias bastante freqüentadas ficam no município vizinho de Luiz Correia: Atalaia, com boa estrutura de bares à beira-mar, e do Coqueiro, lugar tranqüilo com casas de veraneio. Mais adiante, já próximo à divisa com o Ceará, ficam Macapá e Arrombado.
Gastronomia: Delícias da Terra do Caju – Maria Izabel é o nome dado ao prato feito com carne-seca desfiada. No Piauí, é tão famoso quanto a paçoca, baião de dois, galinha caipira e a famosa galinha da angola, conhecida popularmente por “capote”. Os peixes do Rio são bastante apreciados, dentre eles o Piau, o Branquinho e o Surubim. A Cajuína, bebida típica da região feita a partir do Caju, é bem apreciada na região. Além de tudo isso, os doces e compotas de Buriti, Batata, Banana, e Caju, adoçam o paladar de qualquer um. Mas são as delícias retiradas do mar e dos manguezais, como o caranguejo, ostras, lagostas e peixes, que o turista se delicia.
Diversidade – A região é aberta aos turistas, mas para chegar lá, só mesmo com guias. Os passeios são combinados no Porto das Barcas, ainda na cidade de Parnaíba, a trezentos e vinte quilômetros de Teresina. Até a entrada para o Delta em Porto dos Tatus, município de Ilha Grande, o visitante vai de carro. Depois são duas opções: em grandes grupos de barco ou de lancha. A viagem segue pelo Rio Parnaíba, o segundo maior do nordeste. Em um determinado ponto, troca a lancha pela canoa. A embarcação menor permite que o turista entre nos manguezais e tenha um contato mais próximo com a natureza. Os bichos dividem espaço com o catador de caranguejo que usa a lama do mangue como repelente natural. “Aqui, por semana, a gente chega a capturar quarenta mil cordas de caranguejo. Cada corda tem quatro unidades", diz Antônio Santos, pescador. São duas horas de passeio entre o porto até a foz do rio Parnaíba. A Ilha dos Poldros fica na divisa do Piauí com o Maranhão. O rio e o mar se encontram e parecem divididos por uma linha natural. O almoço é na embarcação e o prato principal é peixe. “Robalo, pescado aqui mesmo na foz do Rio Parnaíba, é um peixe típico. Além do Robalo nós temos também, em abundancia a Pescada Amarela", conta Luciano Oliveira, guia turístico. Quem quiser ficar mais de um dia tem a opção de pequenas pousadas na região. A diária custa em média R$ 100,00. Na hora de ir embora o barco para e o turista se despede do Delta com uma caminhada pelas dunas de quase quarenta metros de altura. No final da viagem, uma degustação de caranguejo. O ambiente entre o pequeno grupo de turistas é de infinito deleite. Sobram largos e sinceros sorrisos no rosto de todos. Percorrer paragens de tamanha beleza é uma experiência fascinante. Indubitavelmente. Uma mescla de paz de espírito, liberdade de ação e alguma adrenalina. O Piauí merece a atenção de quem gosta de viajar e aprecia o Brasil. E o Delta do Parnaíba é aqui tão perto...
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Rômulo Cavalcanti Braga/Casa Pró
Um comentário:
Ha grandes problemas ai:
1. Nao ha voos para Parnaiba. Quem vive longe vai ter que passar mais de 12 horas viajando para chegar na cidade, ou dormir em fortaleza ou teresina. O destino e Parnaiba e nao essas cidades. Quando ha voos, estes nao fazem conexoes. Isso e um saco.
2. Nao tem eletricidade de qualidade.Como posso recomendar amigos que sao exigentes para PHB se so vive faltando energia eletrica, estamos em 2010 ??????
3. As praias precisam de um pouco mais de paisagismo. Urbanizacao.
4. A praca de graca era tao bonita na minha epoca de crianca, quando fui ultima vez me deu pena. A praca tinha crateras e tinha perdido totalmente o seu brilho.
Conclusao
Turismo e negocio e da dinheiro. A pessoa paga para ir para um ambiente agradavel e organizado.
Quero muito recomendar a cidade para meus amigos para gastarem ai e sempre retornarem, mas e preciso se organizar tambem.
Quando recomendar a cidade quero que eles( meus amigos) digam: "Uau, que cidade organizada e bonita, e pequena mas me impressionou. Vou retornar novamente para relaxar e quem sabe ate mudar para la. O pessoal sabe como tratar bem um turista. Vou recomenda-la para meus outros amigos."
O litoral tem que agir como um artista (e ter artistas: musicos e atores) que precisa ter uma boa imagem para pegar trabalhos. A cidade tem que ta bonita para chamar atencao como se fosse uma flor atraindo abelhas. No caso de parnaiba, a aparencia e fundamental.
Wilson, quero lhe dizer que o que mencionei aqui neste espaco sao coisas que as visitantes falam . Tem gente que ta afim de gastar dinheiro em coisa diferente, mas sao cheios de frescuras. Gente estressada nao gosta de esperar horas por uma comida e nem de mosca na comida. A gente tem que se ajustar com a exigencias. Afinal de contas e com o dinheiro do cliente que vc paga sua conta no final do mes.
Abracos!
Raimundo
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