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Falta de moradia adequada é o principal motivo das doenças |
O estado do Piauí tem maior índice de pessoas internadas para tratar doenças da pobreza, como são conhecidas a diarréia, hepatite e verminoses, foram responsáveis por 922,8 internações a cada grupo de 100 mil habitantes no Piauí, há dois anos. O índice foi o maior do país e quase três vezes superior a média nacional: 308,8 enfermidades. Os dados integram os IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O documento relaciona essas doenças à falta de moradia adequada no país, como abastecimento de água deficiente, falta de esgoto, contaminação por resíduo. Em 2008, ano base do levantamento, 62,5% dos domicílios piauienses (quase 550 mil) eram considerados inadequados. "Concluímos que, em geral, nos estados com as maiores internações, o acesso aos serviços de saneamento é menor e vice-versa", destaca o documento.
Segundo a pesquisa, o número de doentes oscilou nos últimos dez anos. Porém, no Piauí o índice nunca ficou abaixo das 900 internações por grupo de 100 mil habitantes. As doenças de transmissão feco-oral (diarreias, hepatite A e febres entéricas) lideram e correspondem a 90% das internações, com 854,6 enfermidades no mesmo grupo há dois anos. O menor índice foi a internação por teníase, que não chegou a um por grupo de 100 mil.
Entre as regiões, os números são díspares e refletem desigualdades socioeconômicas. A taxa de internação por doenças da pobreza na região Sudeste era cinco vezes menor do que no Norte. Entre as doenças classificadas como decorrentes da falta de saneamento ambiental, predominam, na Região Norte, as maiores taxa de internação provocadas por inseto vetor como a dengue, febre amarela e malária. Nesses lugares, a pesquisa destaca como fator de risco o desmatamento.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Portal AZ
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