Prefeito do Rio, Eduardo Paes, Candidata Dilma e governador Sérgio Cabral (d) |
O PMDB tem fome de poder. Muita fome, é o que mostra a matéria do jornal O Estado de S. Paulo "A 40 dias da eleição, PMDB reivindica poder meio a meio com PT". Aliado formal da candidata Dilma Rousseff, com direito, para começar, a formar a chapa indicando para vice-presidente Michel Temer, o Estadão revela dez exigências do PMDB à petista:
1. Formação de um governo de coalizão.
2. Participação garantida no núcleo político do governo Dilma.
3. Participação diária nas reuniões com a presidenta no Palácio do Planalto.
4. O tanto de ministérios do PT, o mesmo tanto para o PT, e com "porteira fechada" (o PMDB indicando todos os cargos de confiança de cada pasta).
5. Poder decisório na área econômica (Banco Central e até o Ministério do Planejamento para o PMDB).
6. Escolha dos ministros do partido com a autonomia de quem é "um dos donos da casa".
7. Presidência do Senado Federal (cogitado: Romero Jucá, de Roraima. É o atual líder do governo Lula).
8. Prresidência da Câmara dos Deputados (cogitado: Henrique Eduardo Alves, do Rio Grande do Norte).
9. Participação na Petrobras e na Petrosal.
10. Indicação de diretorias de estatais e agências reguladoras.
Se o PMDB exige muito quando faz parte do governo apenas como um convidado importante para garantir a governabilidade no Congresso Nacional, não é exagero o tanto que Dilma Rousseff terá que ceder aos aliados de primeira hora.
A isso, o candidato do PSDB, José Serra, poderá chamar de aparelhamento do Estado pelos petistas e famintos peemedebistas. A verdade é que todos têm fome de poder. O banquete será dos eleitos, e, por enquanto, segundo as pesquisas, a dupla PT/PMDB. Vitoriosa, Dilma Rousseff ainda terá que abrigar o PDT, PC do B, PSB, PSC, PRB, PR, PTC e PTN. O poder é uma mãe.
Em tempo: Fazendo campanha no Rio de Janeiro neste domingo (22/08/10) o candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff contestou a matéria do jornal O Estado de S. Paulo: "Pode ser que o PMDB venha a ocupar cargos e ministérios, mas não existe essa coisa de dividir governo. O que pode acontecer é a presidente escolher um ou outro nome do PMDB e também dos outros partidos aliados."
Edição: Jornal da Parnaíba
Por Mauro Sampaio
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