quarta-feira, junho 30, 2010

Litoral Abandonado em plena temporada de férias

Começa a temporada da alta estação no litoral piauiense. Turistas começam a chegar para a temporada de férias e o litoral encontra-se abandonado. A única coisa que se ouve e se vê na mídia falando sobre o litoral, é uma briga feia entre o prefeito de Luiz Correia, Kim do Caranguejo com o secretário de Turismo, Sílvio Leite. Que não leva a lugar nenhum.

A tão prometida orla da praia de Atalaia está com as obras em andamento em ritmo de três velocidades: devagar, devagarzinho e parando. Energia e água já começam a faltar nos municípios litorâneos.

Só veículo com tração pode chegar aos bares de Ataláia e o estacionamento é na areia mesmo. As intervenções realizadas no calçadão da praia de Atalaia, que deveriam melhorar o acesso à orla marítima, têm causado transtornos aos proprietários de restaurantes e bares, além de ser alvo de reclamações dos turistas que não conseguem chegar aos estabelecimentos por conta da quantidade de areia que se acumula no canteiro de obras, realizadas pelo governo do Estado.

Desde novembro do ano passado, período em que os trabalhos começaram, a obra tem passado por problemas em sua execução. Está previsto a construção da pista asfaltada, passeio central e banheiros públicos, bem como praças de eventos e quiosques institucionais. Os proprietários de estabelecimentos localizados na praia de Atalaia reclamam que o poder público não procurou ouvi-los a respeito das intervenções.

Neste fim de semana os trabalhos não param para que a conclusão seja rápida como quer o secretário de Turismo. Segundo Silvio Leite, no próximo dia 15 de julho esta obra será (será?) entregue aos banhistas da praia de Atalaia.


Tomara que desta vez a coisa ande. Uma tentativa para entender os planejadores do governo me faz entrar em parafuso, porque depois de tanto tempo para concluir algumas barracas e inaugurar, estes senhores vem com este projeto de refazer a avenida da orla e destruir quase tudo que haviam construído, além de prejudicar o trabalho dos barraqueiros que se sustentam da venda em seus estabelecimentos. Eu só queria entender!!!

A substituição da malha asfáltica, iniciada há cinco meses, tem sido uma das dificuldades enfrentada pelos turistas que freqüentam a área. Paulo Sérgio, proprietário do bar Amarelinho há 14 anos, avalia que as vendas caíram cerca de 70% após a retirada do asfalto da pista. “Alguns clientes não chegam ao meu restaurante porque o carro pode atolar na areia. Os lucros diminuíram depois disso”, avalia Paulo, que também reclama da falta de iluminação e limpeza pública.

A presidente da associação dos donos de restaurantes e bares da praia de Atalaia, Valéria Soares, afirma que os autônomos não foram consultados pela secretaria de Turismo sobre os impactos que poderiam sofrer com os trabalhos. Esposa de Paulo Sérgio e também dona do Amarelinho, Valéria teve que suspender as vendas por dois meses. “Aqui tinha muita areia e a água faltava constantemente”, enfatiza, reclamando da demora.

O que tem ocasionado demora na entrega é o fato do governo estadual não ter feito o repasse do dinheiro à construtora que executa a obra, a Consladel (CLD). A paralisação foi constatado pelo procurador federal, Kelston Lages, em visita à Luiz Correia.

O engenheiro da construtora, Alberto Salomão, admitiu que os trabalhos só foram retomados depois da transferência do dinheiro. “Agora temos que recuperar o tempo perdido, trabalhando até aos finais de semana com equipe de mais de 120 pessoas”, informa o engenheiro. A previsão de entrega é para julho deste ano.

Escuridão e sujeira afastam turistas

Paradoxalmente, o proprietário do restaurante Amarelinho, Paulo Sérgio, tem que fechar o seu estabelecimento mais cedo por conta da urbanização da orla. Diferente dos anos anteriores, em que a criminalidade era menor, era até charme um ambiente mais rústico e com pouca iluminação. Porém, nos dias atuais, prefere prevenir-se e baixar as portas no final da tarde.

“Não tem luzes nos postes e o turista fica inseguro de sair de suas pousadas para caminhar na praia. Temos que fechar por volta das sete horas da noite porque não tem movimento”, disse, Paulo, que está na atividade há 14 anos. Segundo ele, a limpeza pública e os serviços da Agespisa também são deficientes. “A praia está suja e a água chegava a faltar todo dia”, acrescenta.

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