Assembléias dos dois estados irão se reunir e levar proposta ao Senado que deve resolver impasse ainda este ano. Pelo acordo entre os dois estados, 60% da área de litígio deverão ficar com o Piauí.O impasse de séculos pode estar próximo de ter seu desfecho. As áreas de litígio entre o Piauí e Ceará, calculada em mais de 3 mil quilômetros quadrados. Segundo o presidente da Comissão de Litígio da Assembléia Legislativa do Piauí, deputado Antônio Uchoa (PTB), o processo já está avançado e cerca de 60% do total das terras devem acabar se tornando oficialmente piauienses.
“Nos próximos dias deve ficar pronto um levantamento do IBGE sobre o impacto no Fundo de Participação dos Municípios”, explica Uchoa, salientando que as verbas que as cidades envolvidas podem ganhar ou perder apresentam um dos maiores empecilhos para a solução do impasse, já que a perda de população reflete diretamente no repasse das verbas federais. “As maiores questões são de forças políticas”, pontua.
Após os dados levantados pelo instituto, as comissões de deputados das assembléias dos dois estados devem se reunir para preparar uma nova proposta e encaminhá-la ao Senado que deve outorgar e tornar a divisão legítima.
De acordo com Uchoa, o maior nó a ser desatado está entre os municípios de Pedro II (PI) e Poranga (CE). “São quatro grandes povoados que estão sendo divididos: Pitombeiras, Arraial, Cachoeira Grande e Saudoso”, descreve o parlamentar que espera ver o impasse solucionado até o mês de dezembro deste ano.
PartilhaO deputado Uchoa calcula que 60% do total das terras ficarão com o Piauí e 40% com o Ceará. Ele afirma que alguns trechos já estão praticamente divididos. Nas terras entre as cidades de Cocal (PI) e Granja (CE) ficam com o Piauí. Já na divisão entre São João da Fronteira (PI) e
Tianguá (CE) e São Benedito (CE) as terras ficarão com as cidades cearenses.
O Ceará deve ficar com cerca de 70% da área entre Pedro II (PI) e Poranga (CE) e Pedro II e Croatá (CE). Já na região mais ao Sul, entre Buriti dos Montes (PI) e Crateús (CE), a maior parte deve ficar com o Piauí.
Fonte: Carlos Lustosa Filho /cidadeverde.com
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