
O número de pessoas que morreram vitimadas pelo rompimento da barragem de Cocal da Estação, no Norte do Estado, aumentou em mais um caso, pulando dos oito óbitos oficiais e um desaparecido divulgados pelo Governo do Estado, para nove mortes e mais a garota que até o final da tarde de ontem não tinha sido localizada pelas equipes de buscas. Os moradores do povoado Angico Branco garantem que uma outra mulher, identificada apenas como Maria, também morreu em conseqüência do tsunami, mas não teve o seu nome incluído na relação divulgada pelas autoridades.
Uma das pessoas que sustenta a denúncia é o vereador Antônio de Araújo Rodrigues, o “Toinho Enfermeiro”(PP). Residente no povoado Boiba, vizinho ao Angico Branco, o parlamentar argumenta que todo mundo conhece a história de Maria, uma moça de 20 anos, muito bonita, mãe de um filho e cujo corpo se encontra sepultado no cemitério do Boíba, onde se encontram outras seis vítimas da enchente porque o cemitério do Angico Branco foi totalmente destruído pela águas da barragem.
Segundo o vereador, Maria morreu cerca de 15 dias após o rompimento de Algodões após inalar uma bactéria ainda desconhecida e que teria surgido por causa dos corpos em decomposição e vegetação podre que ficou após a tragédia.“Maria ainda foi levada com vida para um hospital em Fortaleza(CE), mas não resistiu e morreu”, afirma o vereador apontando uma cova nova onde segundo ele o corpo de Maria se encontra sepultado próximo aos das outras vítimas.
Para o parlamentar e outras pessoas ouvidas pela reportagem do DP, outras vítimas poderão aparecer, mesmo com mais de 30 dias do rompimento porque agora é que estão começando a aparecer as doenças, muitas delas ainda desconhecidas.
“Aqui mesmo nesta região há um surto de micoses que ninguém sabe de onde veio e que efeitos terão nos próximos dias e meses”, afirma o vereador, acrescentando que o Governo do Estado ainda não tinha mandado nenhum médico dermatologista para tratar a população.
Com relação ao caso de Maria, o vereador afirma que a exemplo do que aconteceu com os demais corpos, ela foi sepultada sem que houvesse a realização de um exame minucioso para descobrir as causas da morte. As outras seis pessoas que morreram em Angico Branco, segundo denunciou o filho de uma das vítimas, nem foram levadas para o Hospital Regional de Cocal e apenas um médico foi levado de helicóptero para fazer a liberação dos corpos.
Com informações do Diario do Povo/PI
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