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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Piauí, onde um quarto da população não sabe ler e metade são analfabetos funcionais

Mais de 524 mil (um quarto da população) pessoas não sabem ler nem escrever no Piauí. Destes 524 mil analfabetos, 164 mil são maiores de 60 anos.
Outra observação é que das 560 mil pessoas que têm entre 4 e 8 anos de estudo não concluíram o ensino fundamental. Os dados coletados pelo Censo de 2007 do IBGE colocaram o estado entre os que têm o maior número de analfabetos no Brasil — perde apenas para Alagoas.
A taxa de analfabetismo no Brasil é de 13,63%. No Piauí é o dobro, 26,25%. Conclusão: No Piauí tem 1.084 milhão analfabetos funcionas (metade da população). É um dado alarmante!
O Ministério da Educação (MEC) ainda aponta que o Piauí está entre os estados brasileiros com o maior número de municípios com altas taxas de analfabetismo, com 69,51%, correspondendo a 155 municípios. Nessas cidades, as taxas chegam a 35% da população, considerado altíssimo pelo MEC.
No Estado, a região Norte possui as taxas mais altas de analfabetismo. Nos municípios de Caraubas do Piauí e Caxingó do Piauí, o analfabetismo afeta 59,83% e 56,42% da população, respectivamente. Na região sul, Flores do Piauí e Beneditinos ficam entre os municípios com as maiores taxas. O primeiro com 43,44% e o segundo com 42,52%.
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) estabelece como prioridade a alfabetização nos estados do Nordeste. Na região estão 90% dos municípios com os mais altos índices de analfabetismo do País.
O PDE vem aumentando a destinação de recursos para o combate ao analfabetismo. Também este ano, R$ 400 milhões serão destinados à alfabetização no País — em 2007, foram R$ 350 milhões. Para cada adulto que estiver em processo de alfabetização, haverá um repasse de R$ 250,00 do MEC. A distribuição dos incentivos será feita em função dos projetos apresentados pelos estados e municípios.
Outra mudança importante é a inversão da destinação dos recursos para os estados e municípios e para organizações não-governamentais (ONGs) que se dedicam à causa. Em 2007, 100% da verba destinada à alfabetização era repassada às ONGs. O programa Brasil Alfabetizado inverteu esses números ao longo de cinco anos. Com o PDE, a regra é que 80% dos incentivos sejam destinados a estados e municípios.
Responsabilidade — O PDE também aumentou o comprometimento dos estados e municípios no combate ao analfabetismo ao instituir a responsabilidade solidária com a União. Os municípios são responsáveis pela mobilização dos alunos e pela seleção dos professores, o que pode ser feito em articulação com os estados. Cabe à União o repasse de recursos para o pagamento dos professores e para a compra de material didático.

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