segunda-feira, fevereiro 17, 2020

Base inaugurada no Delta do Parnaíba incentiva pesquisas e reflorestamento de mangue

A base está instalada na Ilha das Canárias (PI), a estrutura recebe pesquisadores e comunidade local.
Base de pesquisa incentiva estudos sobre os tamanduás e reflorestamento na região — Foto: Divulgação Instituto Tamanduá
Depois de 15 anos dedicados à conservação de tamanduás, tatus e preguiças em vida livre e em cativeiro, a equipe do Instituto Tamanduá inaugurou, no dia 07 de fevereiro, uma base de pesquisas no Delta do Parnaíba, o único delta das Américas.

De acordo com a fundadora e presidente da ONG, Flávia Miranda, a escolha do local foi estratégica. “O Delta funciona como uma ponte entre a Mata Atlântica nordestina e a Amazônia, e nessa área vivem populações de espécies como o tamanduaí”.
Local possui alojamentos, espaço para atividades de educação ambiental e viveiro — Foto: Divulgação Instituto Tamanduá
A especialista também destaca o acesso às cinco comunidades locais que vivem na Ilha das Canárias e participam ativamente de projetos de educação ambiental. “Entre as atividades estamos incentivando o plantio de mudas de mangue, afinal, os mangues do Maranhão, Piauí e Ceará formam essa ponte entre os biomas. Um dos objetivos da base é reflorestar os mangues, garantindo essa conexão entre Amazônia e Mata Atlântica”, destaca Flávia.
"A base é de suma importância, porque ganhou espaço entre as comunidades da Ilha, onde somente nativos podem viver. A gente foi agraciado pela comunidade, que nos deu espaço para construir a base de pesquisas." — Flávia Miranda, fundadora e presidente do Instituto Tamanduá
A estrutura conta com alojamentos equipados para receber pesquisadores do Brasil e do mundo, assim como um espaço para o viveiro de mangue e uma área comunitária para receber os moradores locais. “A base dispõe ainda de internet, freezer para laboratório, barco e quadriciclo para transporte. Ou seja, está super bem estruturada para essa ilha, que é uma área com pouco recurso para pesquisa”.
Tamanduaí é a menor espécie de tamanduá — Foto: Divulgação Instituto Tamanduá
O instituto
Fundado em 2005, o Instituto Tamanduá colabora para a conservação de tamanduás, tatus e preguiças através de ações de pesquisas, educação e fomento a políticas públicas.

Entre as conquistas, destacam-se estudos pioneiros no Pantanal, na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, importantes para o levantamento de dados sobre as espécies e seus habitats.

Fonte: G1 | Edição: Jornal da Parnaíba

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