quinta-feira, agosto 22, 2019

Universidade prorroga prazo de investigação sobre agressão a árbitra e alunas fazem protesto

O prazo foi prorrogado por mais 30 dias. Enquanto o resultado do processo não sai, o estudante pode frequentar as aulas normalmente. O G1 entrou em contato com a defesa que informou que não vai se pronunciar.
Árbitra é agredida a socos durante partida na Universidade Federal do Delta do Parnaíba - Foto Reprodução
A Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) prorrogou por mais 30 dias o prazo para decidir se o estudante Rodrigo Quixaba, suspeito de agredir a árbitra Eliete Fontenele durante uma partida de futebol dentro do campus(vídeo acima), será apenas suspenso ou expulso da instituição. O G1 entrou em contato com a defesa do rapaz, que informou que não vai se pronunciar.

Segundo o diretor do campus, Alex Marinho, o prazo foi prorrogado devido à grande lista de testemunhas para serem ouvidas no processo. De acordo com ele, o prazo não pode mais ser estendido para além de 90 dias. Inicialmente, prazo foi de 60 dias, estendido, no último dia 4 de agosto, por mais 30. Sendo assim, a conclusão acontecerá no início de setembro.

"O resultado ainda não saiu. A comissão pediu uma prorrogação porque foram arroladas muitas testemunhas, que são as oitivas. Para ouvir todo mundo tivemos que expandir mais 30 dias e depois desse prazo não temos mais como prorrogar", explicou. 
Boca da árbitra ficou ferida devido às agressões — Foto: Kairo Amaral/TV Clube
De acordo com o diretor, demora no mínimo cinco dias para uma testemunha ser ouvida porque a intimação tem que ser feita através dos Correios e um aviso de recebimento precisa ser emitido.

O primeiro prazo dado pela UFDPar foi de 60 dias para a conclusão do processo. Enquanto o processo administrativo ainda está sendo analisado pela universidade, o aluno pode continuar assistindo às aulas normalmente, informou o diretor.

A advogada da árbitra, Taise Cristine, informou que Eliete tem acompanhado as manifestações, mas neste momento a vítima não pode se envolver, apesar da indignação do possível retorno do estudante a UFDPar.
"A gente vem acompanhando os protestos, mas como ela não faz parte do quadro da universidade, não pode se envolver nesta questão", explicou.

Segundo Taise Cristine, a árbitra foi ouvida há duas semanas pela universidade, inclusive com a presença do advogado do estudante. A advogada agora aguarda ser chamada para acompanhar o depoimento do suspeito.

Por Lorena Linhares/G1 PI | Edição: Jornal da Parnaíba

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