quinta-feira, agosto 29, 2019

Especialista explica como prevenir a Leishmaniose

Em 2018, foram registradas 259 notificações da doença no Piauí.
Médica veterinária Natália Leite
Agosto é marcado pelo mês de prevenção à Leishmaniose, zoonose que pode afetar humanos e animais e pode chegar a ser fatal. É preciso estar atento, a prevenção da leishmaniose visceral canina, ou calazar, é fundamental para conter os avanços da doença que se espalha silenciosamente por todo Brasil.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), em 2018 foram registradas 259 notificações da doença no Piauí. Neste ano, até o momento, foram 106 casos confirmados.

De acordo com a médica veterinária Natália Leite, a prevenção e conscientização são as principais armas no combate à doença. “A Leishmaniose é causada por um protozoário, transmitido pelo mosquito palha que, ao picar um cachorro infectado e depois o humano, pode causar diversos sinais clínicos, desde alterações dermatológicas e oftálmicas, até quadro mais graves que podem levar a morte”, esclarece Natália.

Ainda não existe cura para a Leishmaniose nos animais, apenas tratamentos para o controle dos sintomas, por isso, a prevenção é a melhor forma de combater a zoonose, para isso, é preciso deixar o mosquito-palha longe de ambientes propícios para a sua proliferação, a higiene e limpeza são fundamentais para evitar a incidência do mosquito-palha.

“É preciso manter o ambiente do seu pet sempre limpo, livre de entulhos e acúmulo de lixo, também é recomendado o uso de telas em portas e janelas”, explica a veterinária.
Natália também lembra que a outra forma de prevenção é a vacinação e a utilização de produtos que possuem o efeito repelente, como coleiras ou formas tópicas. “A partir dos quatro meses de idade é interessante que todos os animais, de regiões endêmicas, realizem o exame, somente a partir daí será iniciado o protocolo de imunização”.

Edição: José Wilson / Jornal da Parnaíba

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