150 mil parnaibanos vítimas
da violência e do descaso do poder público com o litoral do Piauí.
Faz tempo que a violência em
Parnaíba deixou de ser novidade. A cidade já enfrentou várias crises de
insegurança na década. Assassinato com requintes de crueldade, explosão de
caixas eletrônicos, invasão de residências com espancamento de moradores, incontáveis
assaltos à mão armada, entre tantos outros crimes.
Mas, nas últimas semanas, a
situação ficou fora de controle, com uma série de delitos e, mais recentemente,
com o assassinato de um vigilante dentro de uma unidade do CRAS, no Mendonça
Clark. E não foi o primeiro a ser morto em órgão publico em Parnaíba: lembre-se
da morte (3 tiros) do vigilante no prédio da FACOE, na Avenida São Sebastião,
em 2015.
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Local do crime onde mais um cidadão pagou com a vida, vítima do
pouco aparato de segurança oferecido pelo estado.
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Todos os meses, sem nenhuma
folga para o bolso dos cidadãos parnaibanos, a máquina de arrecadação estadual
leva muito dinheiro daqui para os cofres do Karnak. O mínimo que o Governo do
Estado poderia oferecer era uma estrutura razoável de policiamento e segurança
para a cidade. O modelo atual não serve. Na verdade, serve sim, mas para ser
motivo de piada nas redes sociais, como o que ocorreu em Luiz Correia, onde
bandidos invadiram a delegacia do município para resgatar um preso. Quando
bandido perde o medo de invadir até delegacia, a situação está complicada.
O cidadão parnaibano, pagador
de impostos, vive amedrontado e com receio de sair às ruas, enquanto o
criminoso, sabedor da fragilidade do aparato policial, age livremente e de forma
cada vez mais ousada. Ficou muito fácil ser bandido em Parnaíba.
Quando um parnaibano de
consciência alienada vota numa gestão descompromissada com a cidade, faz todos
os demais virarem reféns de seu ato irresponsável. E ainda há quem ache que não
há nenhuma ligação entre o aumento da violência em Parnaíba e o fraco
desempenho das forças de segurança na região.
Hoje, pagamos a conta das escolhas erradas nas urnas. Todos pagam, sem exceção.
Por: Ribamar Aragão | Edição: Jornal da Parnaíba
Hoje, pagamos a conta das escolhas erradas nas urnas. Todos pagam, sem exceção.
Por: Ribamar Aragão | Edição: Jornal da Parnaíba
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