segunda-feira, janeiro 21, 2019

A iluminação de Parnaíba

A Iluminação

A escuridão das noites incomodou o homem desde o princípio, que tratou de resolver esse problema com a utilização do fogo. Posteriormente o sistema de iluminação foi aperfeiçoado com o uso das tochas de madeira umedecidas com a gordura animal. Depois usaram os lampiões a azeite, a querosene ou a carbureto. O termo “fogo” foi largamente utilizado para designar casa, residência ou habitação.

Matéria relacionada: 1ª Companhia Luz e Força do Piauí, fundada em Parnaíba.

Por volta de 1770, com a [invenção] do motor a combustão externa, mais conhecido como motor a vapor, pôde-se notar nova etapa na revolução do mundo. Através da força produzida pelo vapor surgiram carros, barcos, trens e os geradores de energia elétrica. Com isso, os postes que antes serviam de suporte para os bicos de candeeiros para iluminação das ruas e logradouros públicos, passaram a suportar os fios das linhas de transmissão de energia para as casas e vias públicas.

A necessidade de estender as atividades durante a noite, exigia a utilização da lua e da força, como eram conhecidas essas formas de energia elétrica, no século passado. Os geradores eram bem simples, a intensidade da luz oscilava bastante, os postes eram de madeira e a iluminação começava logo depois do pôr do sol e era desligada por volta da meia-noite.

Parnaíba, como cidade progressista, logo teve instalada a sua usina de geração de força e luz, em 1928, no prédio da avenida Álvaro Mendes, na administração de José Narciso da Rocha Filho.

O progresso ramificado em vários setores exigia a ampliação da capacidade de atendimento, dado ao surgimento de eletrodomésticos, máquinas e equipamentos, além da expansão urbana que estendia o atendimento e o consumo da eletricidade produzida. Com isso, o atendimento aos consumidores ficou precário, levando os mais abastados a adquirir grupos-geradores domiciliares. Depois do surgimento dos motores movidos a combustão interna, notadamente os motores a óleo diesel passaram a alimentar máquinas e equipamentos de uso empresarial.

Através do grande esforço realizado no governo de Francisco das Chagas Rodrigues (1959-1962), foram iniciadas no Piauí as obras para a construção da Barragem de Boa Esperança, no Rio Parnaíba, pela COHEBE (Companhia Hidroelétrica da Barragem de Boa Esperança), que utilizou recursos federais para regularizar a produção de energia elétrica, com turbinas acionadas pela força da água, atendendo principalmente os estados do Piauí e do Maranhão.

Todavia, antes de chegar a Parnaíba a energia elétrica de Boa Esperança, a cidade já era alimentada pela energia vinda da CHESF (Companhia Hidroelétrica do Rio são Francisco), produzida na usina de Paulo Afonso e trazida através do estado do Ceará, que adentrou o território piauiense pela cidade de Chaval, graças aos esforços do engenheiro Alberto Tavares Silva (1955-1958), que na época era prefeito da cidade de Parnaíba.

Fonte: RIBEIRO, A. R. “Parnaíba - Presente do Passado”. Parnaíba: Ferraz, 2003. p. 95-96
Publicado em 2003 por Antônio Rodrigues Ribeiro no livro “Parnaíba - Presente do Passado”

Jornal da Parnaíba

Nenhum comentário: