O procurador da República, Kelston Lages, informou nesta quinta-feira
(9) ao Cidade Verde que as denúncias da operação Topique são
"gravíssimas" e adiantou que as investigações apuram lavagem de
dinheiro, fraude em licitações, uso de documentos falsos e corrupção.
A operação deflagrada pela Polícia Federal prendeu 21 pessoas
suspeitas de fraude em licitações no transporte escolar e duas servidoras
da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e empresários foram
presos. Foram cumpridos ainda 40 (quarenta) mandados de busca e
apreensão.
"São denúncias gravíssimas que nos traz preocupação. É
preciso de uma investigação mais profunda. Envolve mais de R$ 100 milhões de
desvio de recursos públicos que tem um impacto em um estado pobre como o
nosso", disse o procurador, que acompanhou as audiências de custódia na
justiça federal que seguiu com a manutenção das prisões.
A Polícia Federal informou que na investigação há cerca de 20 empresas
envolvidas na corrupção nos estados do Piauí e Maranhão. O prejuízo, segundo a
PF, foi de R$ 119 milhões.
"Entre os 21 presos estão sendo investigados fraude em licitação,
direcionamento de licitação, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e
corrupção. É preciso se chegar a todos os autores e responsáveis pela
corrupção", adiantou o procurador.
Kelson Lages informou ainda que os procuradores da República que
acompanham a investigação são Marcos Aurélio Adão e Cynthia Arcoverde e que ele
teve acesso ao processo nas audiências de custódia.
"Acreditamos que os materiais apreendidos vão ajudar na
investigação para se chegar aos verdadeiros mandantes e responsáveis
pelos crimes", disse o procurador.
Por Yala Sena/Cidade Verde | Edição: Jornal da Parnaíba
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