terça-feira, maio 08, 2018

Afastado por decisão judicial, presidente do Parnahyba prepara recurso pra tentar voltar


Batista Filho, afastado da presidência do Parnahyba por decisão judicial, prepara recurso para voltar à presidência e reprova ação na Justiça: "Coisa de perdedor".
Batista Filho, presidente do Parnahyba afastado por decisão judicial (Foto: Jorge Alves/Parnahyba)
Advogados traçam estratégia para recorrer da decisão judicial que tornou cargo máximo do clube vago. Entenda os próximos passos do clube do litoral, agora sem presidente.

O presidente do Parnahyba, Batista Filho, afastado do cargo por decisão judicial, não vai entregar a posição tão facilmente. Em conjunto com seus advogados e principais membros da diretoria azulina e do Conselho do clube, o dirigente rebateu acusações feitas pelo adversário político Leony Veras, o Gringo, e afirmou que entrará com recurso na Justiça para recuperar o posto.
Batista Filho prepara defesa para voltar a presidência do Parnahyba (Foto: Wenner Tito)
- Vamos recorrer para que eu volte à presidência. Da minha parte estou tranquilo, tenho a consciência tranquila. Decisão da Justiça tem que cumprir. Fui notificado, estamos reunidos com os advogados e vamos tomar as providências. Todos os argumentos que eles estão falando não existem, é uma coisa de perdedor. Vamos provar que aqui todo mundo é homem, não é moleque, não - afirma Batista

A principal acusação contra o dirigente é a não prestação de contas de R$ 30 mil recebidos pelo clube do poder público em 2017. Sobre este ponto, Batista explicou que o dinheiro, antecipado por um patrocinador meses antes do repasse ser liberado, foi utilizado para pagar o empréstimo e, por isso, a prestação de contas não foi feita, o que deve acontecer agora.

- Não prestamos conta dos R$ 30 mil porque esse dinheiro foi emprestado por um terceiro, e quando o recurso saiu essa pessoa recebeu dinheiro. Dois vereadores conseguiram a emenda, mas não deu para a prefeitura liberar a tempo. O empresário emprestou o dinheiro para a gente. Quando o dinheiro saiu, foi direcionado direto para ele. Vamos tomar as providências para resolver isso - comentou.
Miguel Bezerra, advogado do Parnahyba Sport Club, diz que irá provar inocência de Batista Filho
O que diz o advogado do Parnahyba?

Advogado do clube e membro da diretoria, Miguel Bezerra não entrou em detalhes da estratégia jurídica que o Parnahyba vai adotar, mas afirmou que irá provar a inocência do Azulino em todas as acusações. Sobre as supostas irregularidades na eleição, Bezerra descreveu ter provas da legalidade de todos os atos feitos durante o pleito.

- Todas as providências cabíveis nós vamos fazer, recursos inerentes conforme à lei. A argumentação é que as eleições transcorreram dentro do mais limpo procedimento. Tudo que nós fazíamos eles tinham conhecimento, nós temos todas as atas anuídas pelo advogado deles, não houve nenhuma contestação durante o processo eleitoral e agora é que entram na Justiça. Tudo que fizemos foi dentro da lei - ressaltou Miguel.

- Todo título que ele argumentou foi provado. Foi dado uma lista bem antes para todos os dois e foi aprovado para todas as partes. Não teve nenhum título contestado. Tem título que eles estão falando que há mais de 25 anos é conselheiro do clube - completa Batista, sobre a acusação de que alguns sócios votaram irregularmente.

Gringo: "Eles não registraram a chapa dentro do prazo"

Cazé Neves, na época presidente do Conselho, é quem rebateu outra acusação formalizada por Gringo. Segundo o ex-presidente e adversário político de Batista na última eleição, a chapa da situação foi inscrita fora do tempo hábil, pois quando solicitou a formalização da chapa junto ao conselho não foi atendido.

- Eles não registraram a chapa dentro do prazo. A eleição foi no dia 22, o prazo seria até 72 horas antes da eleição. Nós registramos a nossa como chapa de oposição no dia 18 de outubro, perante o presidente do Conselho, que na época era o Cazé. No dia 19 fui lá pedir o registro da chapa deles, e eles não tinham - comentou Gringo.

A declaração foi contestada por Cazé.

- Mostrei para ele, mas ele não quis receber. Ele não pode dizer que é mentira minha, tenho consciência dos meus atos. Era feriado, ele esteve lá e eu mostrei para ele. Ele que não quis receber. Ele perdeu uma eleição justa por muitos votos e agora está tentando apelar com baixaria - diz.


E agora?

Após a decisão judicial, o Parnahyba deve ser comandado por uma intervenção que buscará prestar contas do que foi feito nos últimos anos. Uma audiência entre as partes está marcada para 19 de junho, quando o juiz deve determinar os próximos passos do clube.


Sem êxito no Campeonato Piauiense, o Parnahyba só retorna ao calendário de competições em 2019, quando terá apenas o estadual para competir.

Jornal da Parnaíba com informações do Globo Esporte/G1

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