Luana Alves, dona de casa. |
Mediante inúmeros apelos dos internautas, o
vereador Carlson Pessoa visitou nesta segunda-feira (09) a dona de casa Luana
Alves que teve parte da face tomada por um tumor conhecido como ameloblastoma.
Natural de Castelo do Piauí, Luana veio morar em Parnaíba com o filho pequeno e
com o marido que é pescador. Ela conta que por diversas vezes tentou ajuda da
prefeitura para fazer o tratamento e a cirurgia, mas teve todos os seus apelos
recusados.
Cansada e desacreditada, ela empreendeu uma
campanha junto a sua igreja, aos amigos e parentes para pagar a tomografia em
Teresina que custa R$ 2.500. Carlson Pessoa se colocou à disposição para tentar
um encaminhamento junto ao Ministério Público, no entanto, Luana já está
de viagem marcada e na próxima quarta feira (11), viaja para a capital para
fazer a tomografia solicitada pela doutora Kátia Marabu.
O tumor em Luana surgiu há três anos por causa de
um dentiquero. Até o momento ela conseguiu arrecadar cerca de 1.300,00, dos
2.500 que necessita para realizar o exame em Teresina.
O QUE É
É um tumor benigno que apresenta um comportamento
localmente agressivo, afetando comumente a mandíbula (80%) e menos
freqüentemente o osso maxilar. Pode atingir proporções variadas, de acordo com
o tempo de evolução. Representam 10% dos tumores odontogênicos.
Manifesta-se geralmente entre a terceira e quinta
décadas de vida. A maioria dos ameloblastomas acometem o ramo e corpo posterior
da mandíbula.
COMO APARECE CLINICAMENTE
Poucas vezes ocorre uma tumefação em região de
fundo de sulco, geralmente é um achado radiográfico em radiografias de rotina.
Por serem geralmente são indolores e pela carência de outros sintomas, o
paciente geralmente consulta o profissional quando este apresenta grande
extensão.
O aspecto radiológico pode variar. Alguns
apresentam-se como lesões radiolucidas uniloculares bem definidas, com ou sem
esclerose marginal, que, podem estar associadas a um dente incluso; outros
apresentam-se com aspecto multilocular, com septos internos e padrão em
"favos de mel" ou "bolhas de sabão". As loculações podem
ser ovais ou arredondadas e variam de dimensões.
O diagnóstico é feito por exame histológico,
mas os achados clínicos e estudos por imagem, através de radiografias
panorâmicas e tomografia computadorizada (TC), apresentam algumas características
importantes para o estreitamento do diagnóstico diferencial.
A abordagem terapêutica do ameloblastoma tem se
mostrado nos últimos tempos um objeto controverso para criteriosa análise e
discussão devido às altas taxas de recidivas e às complicações pós-operatórias.
Logo, faz-se necessário ao profissional escolher qual o tipo de abordagem
cirúrgica do ameloblastoma que ofereça aos pacientes melhor prognóstico.
Ameloblastomas multiloculares apresentam taxas de
recidiva maiores que os uniloculares. A idade do paciente é outro fator de
importância na escolha da terapia.
O comportamento do ameloblastoma tende a ser
bastante agressivo nas recidivas, com maior potencial de invasão e destruição
óssea do que a lesão original.
Por Luzia Paula. Fotos: Gleitowney Miranda / Ascom
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