Pintura na parede do Balneário Portinho, em Parnaíba Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba |
Cercada de dunas que se movimentam com a ação dos
ventos, a Lagoa do Portinho é um dos mais belos cenários da natureza turísticas
Piauiense. Suas águas escuras contrastam com as areias brancas, a vegetação e
um olho d'água surge para dar vida à lagoa. Ideal para a prática de esportes
náuticos, como o Jet Ski e o Windsurf, a Lagoa do Portinho possui em suas
margens barzinhos aconchegantes e uma Colônia de Férias com opções de
hospedagem, alimentação, entretenimento e passeios de barco.
A lenda da Macyrajara conta como surgiu a Lagoa do
Portinho. De acordo com a lenda, Macyrajara era uma linda jovem de olhos
amendoados e cabelos longos. Seu pai era o chefe Botocó da tribo dos Tremembés,
que habitavam as terras da margem direita do Igaraçu até o mar. Macyrajara
conheceu Ubitã, jovem guerreiro pertencente a uma tribo inimiga da sua, que
habitava a planície litorânea. Os dois se apaixonaram e passaram a se encontrar
às escondidas.
Pintura na parede do Balneário Portinho, em Parnaíba Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba |
A lenda de Macyrajara |
O pai de Macyrajara tomou conhecimento e,
discordando daquele amor, mandou prendê-la numa oca vigiada por sete
guerreiros.
Ubitã, louco de saudades, procurou em oração se aconselhar com o deus Tupã. E à noite, quando dormia, Tupã lhe disse que Macyrajara estava presa e que ele não fosse procurá-la porque podia morrer. O destemido guerreiro, levado pela paixão, não ouviu os conselhos de Tupã. E, ao anoitecer, saiu à procura de seu grande amor. Ao chegar próximo à oca, foi atingido no peito por uma flecha inimiga, tendo morte imediata.
Macyrajara, ao tomar conhecimento da tragédia, saiu
correndo e desapareceu na escuridão da noite. Três dias após vagar pelas matas,
parou em um olho d'água. Naquele momento, começou a chover, ela, então, cheia
de dor e tristeza, começou a chorar. Ali suas lágrimas e a chuva se juntaram à
aquelas águas que corriam.
Tupã, apiedando-se dela, transformou suas lágrimas no rio que separou as duas
tribos. Hoje, aquele rio chama-se Portinho e separa as terras de Luís Correia
das de Parnaíba.
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