terça-feira, dezembro 02, 2014

A Lagoa do Portinho e Lenda de Macyrajara

Pintura na parede do Balneário Portinho, em Parnaíba
Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba
Cercada de dunas que se movimentam com a ação dos ventos, a Lagoa do Portinho é um dos mais belos cenários da natureza turísticas Piauiense. Suas águas escuras contrastam com as areias brancas, a vegetação e um olho d'água surge para dar vida à lagoa. Ideal para a prática de esportes náuticos, como o Jet Ski e o Windsurf, a Lagoa do Portinho possui em suas margens barzinhos aconchegantes e uma Colônia de Férias com opções de hospedagem, alimentação, entretenimento e passeios de barco.

A lenda da Macyrajara conta como surgiu a Lagoa do Portinho. De acordo com a lenda, Macyrajara era uma linda jovem de olhos amendoados e cabelos longos. Seu pai era o chefe Botocó da tribo dos Tremembés, que habitavam as terras da margem direita do Igaraçu até o mar. Macyrajara conheceu Ubitã, jovem guerreiro pertencente a uma tribo inimiga da sua, que habitava a planície litorânea. Os dois se apaixonaram e passaram a se encontrar às escondidas.
Pintura na parede do Balneário Portinho, em Parnaíba
Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba
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A lenda de Macyrajara
O pai de Macyrajara tomou conhecimento e, discordando daquele amor, mandou prendê-la numa oca vigiada por sete guerreiros. 

Ubitã, louco de saudades, procurou em oração se aconselhar com o deus Tupã. E à noite, quando dormia, Tupã lhe disse que Macyrajara estava presa e que ele não fosse procurá-la porque podia morrer. O destemido guerreiro, levado pela paixão, não ouviu os conselhos de Tupã. E, ao anoitecer, saiu à procura de seu grande amor. Ao chegar próximo à oca, foi atingido no peito por uma flecha inimiga, tendo morte imediata.
Macyrajara, ao tomar conhecimento da tragédia, saiu correndo e desapareceu na escuridão da noite. Três dias após vagar pelas matas, parou em um olho d'água. Naquele momento, começou a chover, ela, então, cheia de dor e tristeza, começou a chorar. Ali suas lágrimas e a chuva se juntaram à aquelas águas que corriam. 
Tupã, apiedando-se dela, transformou suas lágrimas no rio que separou as duas tribos. Hoje, aquele rio chama-se Portinho e separa as terras de Luís Correia das de Parnaíba.

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