sábado, dezembro 15, 2018

Sobrado de Dona Auta

Sobrado de Dona Auta, um dos mais antigos da cidade fica localizado na esquina da Rua Duque de Caxias com São Vicente de Paula, em Parnaíba. 

O sobradão conserva ainda o típico aspecto colonial, data do século XVIII. A fachada apresenta beiral e seis janelas com sacada de ferro. Foi casa residencial, Capitania dos Portos; e em 1918 serviu de Sede do Banco do Brasil, 1ª Casa Creditória da cidade. Ali funcionou também o Quartal de Polícia, Grupo Escolar Miranda Osório e Biblioteca Municipal, atualmente funciona o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba - IHGGP e o Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua).
Auta Rosa Cesária de Castello Branco (Dona Auta)
Dona Auta nasceu a 13 de setembro de 1828 e faleceu a 10 de abril de 1909. Era fazendeira em Parnaíba e dona do Sobrado que fica na esquina da Rua Duque de Caxias com a Rua São Vicente de Paula. Neste mirante dava para ver a chegada e saída dos barcos no Rio Igaraçu. Dizem que o Mirante ela construiu para ver a chegada, que nunca aconteceu, do amado que partiu para a Guerra do Paraguai. Não se sabe se ele morreu lá. Se se casou. Se apenas não quis mais voltar para a amada. O prédio ficou conhecido como o Sobrado de Dona Auta. 
O Sobrado de Dona Auta encerra ainda algumas lendas com várias versões. Pertenceu a uma Dama da sociedade, que viveu um grande sonho de amor. Amou perdidamente um imigrante europeu e, com sua partida, viu o seu sonho frustrado. Sabe-se que ela era linda e elegante e que a partir dessa desilusão não mais saiu de casa, ficando reclusa a uma pequena saleta que mandara construir no alto do prédio para que pudesse admirar o panorama da cidade.

Em outra versão admite-se ser Dona Auta uma ex-escrava do Capitão Francisco José Castelo Branco, linda mulata que se enamorou de um imigrante europeu e dele recebeu atenções e este lendário sobrado.

Ainda presume-se, segundo pesquisas e  mais provável, que Dona Auta foi a primeira esposa de Francisco José Castelo Branco, dono do velho sobrado.

Edição do Jornal da Parnaíba
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Por Edilson Moraes Brito

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