segunda-feira, março 10, 2014

O professor Pedro Jorge fala sobre Mário Fontenelle

Professor Pedro Jorge de Castro tratando com o prefeito
Florentino Neto sobre o resgate da memória
de Mário Fontenelle
Quando surgiu a ideia de filmar um documentário sobre Mário Fontenelle?
Eu sempre fui muito interessado por fotografia e pela forma representada. E o parnaibano Fontenelle registrou o nascimento de uma cidade. Há muito, isso me despertou o interesse. Ele é muito mais conhecido por sua obra do que pela discussão de seu trabalho e de sua pessoa porque não participava de rodas de discussão intelectuais. Por esta razão acredito que a cidade deve uma apreciação sobre o Fontenelle autor e a importância de seu acervo.

Qual foi a importância de Mário Fontenelle para Brasília?
São poucas as cidades do mundo em que há um registro diário de sua construção. Mário acompanhou tanto as obras monumentais quanto os operários que construíram Brasília. Sua lente viu presidentes, reis, rainhas, artistas e gente, muita gente. Mário tornou-se o mais precioso e detalhista memorialista da construção da nova capital. Seu olho calado registrou a oração silenciosa na fé, do destemor e da audácia que construiu a cidade.

Quem está envolvido no projeto?
Inicialmente a cidade, que Mário viu e testemunhou a construção. São muitas pessoas no DF: fotógrafos, professores, jornalistas e a equipe de pesquisa e realização. Tem alguns piauienses de boa cepa que participam do projeto, como o jornalista Paulo José Cunha e o professor Dr. Miguel Freire, e não piauienses, como Wanderlei Pozzembon, André Dusek, Paula Simas, Duda Bentes, o arquiteto Silvio Cavalcante, professora Angélica Madeira, professora Neusa, professor Milton Guran e outros com quem posso contar, pelo seu preparo e apresso pelos temas de Brasília.

Quando terão início as filmagens em Parnaíba?
Em Brasília já realizamos alguns depoimentos e, no dia 11, a nossa equipe embarca para Parnaíba, onde devemos ficar por uma semana. Esse período envolve uma pesquisa prévia realizada na cidade. Vamos destinar ao Arquivo Público do Distrito Federal, onde está depositado o acervo de Mário Fontenelle, todo o material encontrado em nossos levantamentos.

Como pretende executar o projeto?
O projeto conta com o apoio indispensável e importante do FAC (Fundo de Apoio a Cultura do Distrito Federal). O FAC é o mais importante fomentador da área cultural do Distrito Federal. Além do FAC nós temos o apoio institucional da prefeitura Municipal de Parnaíba e do Arquivo Público do DF.

Como pretende veicular o projeto nos meios de comunicação?
Ainda no ano passado conversando com um diretor da TV Brasil, ele me disse que se ressentir de material sobre Brasília. Eu particularmente acredito que existam bons materiais sobre Brasília. Portanto as portas é que não seja de tão fácil acesso. Existe a síndrome do aparelhamento que acomete instancia decisórias de muitas instituições.

Currículo do professor Pedro Jorge.
Prêmios como cineasta:

Chico da Silva, melhor filme de artes na Mostra Nacional de Cinema de Curitiba, em 1976,

Brinquedo popular do Nordeste, melhor curta no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1977.

Em memória de Dona Maria I, recebeu distinção de melhor filme sobre a presença da figura feminina na política no Festival de Delfos, na Grécia.

O calor da pele, menção honrosa no Festival de Cinema de Pequim, em 1994.

Tigipió, melhor filme no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no Festival Internacional do Rio de Janeiro e menção honrosa no Festival de Carlovy Valy, Checoslováquia, 1986.

Experiência acadêmica
Começou estudando arquitetura e na Universidade de Roma trocou para o curso de cinema e televisão. Foi professor da UnB por 30 anos na faculdade de Comunicação. Foi também professor associado da UCLA. Fez doutorado em Cinema e Literatura. É Pós Doutor pela Universidade de Roma.

Edição do Jornal da Parnaíba
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