01. Mesmo antes do "juízo final" (26/10)
já se sabia que o terceiro turno viria com a reforma política, onde será
travada uma longa batalha entre uma vigorosa e pujante parcela da sociedade
civil (que não suporta mais o patrimonialismo, o clientelismo, o fisiologismo e
os privilégios dos "políticos profissionais") e o poder político
instalado, totalmente deslegitimado, a começar pelos partidos que são corruptos
ou muito corruptos para 81% dos entrevistados Ibope; o poder político também no
nosso País se converteu no centro fulcral de um nefasto crime organizado que se
formou entre os políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos +
agentes financeiros (que formaram uma troika maligna que representa os
interesses das oligarquias inescrupulosas que se apoderaram de uma grande
parcela das receitas do Brasil, sendo sintomas disso a Petrobrás, as licitações
do metrô de SP, os mensalões do PT e do PSDB, o fisiologismo do PMDB etc.).
02. De que maneira vamos promover a reforma política? Desde logo, aprovando, sem perda de tempo, por lei e/ou por emenda constitucional, tudo que retrata um consolidado e majoritário consenso. É imenso aqui o espaço que se abre para a DDD (democracia direta digital), que colheria as manifestações da população em um Fórum Cidadão (do qual seria excluído liminar e peremptoriamente todas as baixarias de que os brasileiros somos capazes de expressar). Com a DDD ou sem ela, naquilo em que não houver esse consenso, abrem-se os caminhos do referendo e do plebiscito. Qual a diferença entre eles? A seguinte: pelo referendo o povo é consultado sobre uma lei já editada. Consoante o plebiscito o povo é consultado sobre algo ainda não votado pelo Parlamento.