A Câmara realizou nesta sexta-feira (10), importante audiência pública
a fim de debater e traçar planos estratégicos para sanar os constantes
problemas de alagamentos no período invernoso em Parnaíba. Importantes decisões
foram tomadas em prol da cidade e dos munícipes.
A propositura foi requerida pelo vereador Batista do Catanduvas
(Solidariedade). Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente da Casa, Carlson
Pessoa (DEM), sendo que participaram da discussão o técnico industrial da
Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), Carlos Alberto Souza, a
secretária de Infraestrutura, Maria das Graças de Moraes Souza Nunes
(Gracinha), os assessores de engenharia da Prefeitura de Parnaíba de Parnaíba,
Antônio Veras Machado e Francisco Samuel Cunha, o diretor operacional da
Empresa Parnaibana de Serviços (Empa), Paulo Pinto e os vereadores Renato
Bittencourt (PTB), Zé Filho Caxingó (PL) e Daniel Jackson (Solidariedade).
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Secretária de Infraestrutura, Maria das Graças de Moraes Souza Nunes (Gracinha) e presidente da Casa, Carlson Pessoa (DEM) |
O proponente da audiência iniciou sua fala fazendo uma reflexão sobre a
situação das famílias em áreas de alagamento que ano após ano têm sofrido e
perdido seus bens em virtude de invernos rigorosos.
“Sempre trabalhei muito durante as enchentes enviando equipes de
madrugada para retirar famílias de áreas alagadas no Bairro Catanduvas e hoje,
como vereador e representante da sociedade parnaibana propus essa audiência
pública para que a gente possa fazer ações em conjunto com os órgãos aqui
presentes para prevenir o sofrimento dessas pessoas que não são poucas.
Precisamos traçar estratégias e ações que de fato sejam concretizadas. Além do
Catanduvas, temos áreas de alagamento no Bairro Piauí, Santa Luzia, Alto Santa
Maria, Frei Higino, no Bairro de Fátima, São José e em Ilha Grande de Santa
Isabel”, iniciou Batista.
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Batista do Catanduvas (Solidariedade) |
O presidente Carlson Pessoa inquiriu ao técnico industrial Carlos
Alberto sobre quais medidas poderão ser adotadas para melhorar a qualidade da
água servida aos munícipes, uma vez que rotineiramente o líquido desce das
torneiras com cor turva e até com mau cheiro.
Em resposta, ele disse que frequentemente as Estações de Tratamento
passaram por manutenção, com limpeza e aplicação de um cloro produzido no
próprio local, além da inspeção de técnicos da companhia.
Se dirigindo igualmente ao representante da Agespisa, Gracinha cobrou
resposta mais céleres por parte da empresa no tocante às demandas requeridas
pelo município durante operações emergenciais provocadas pelos alagamentos.
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Daniel Jackson (Solidariedade). |
"Sem água não conseguimos nada, pois água é viva. Nos períodos de
crise, constantemente a Defesa Civil da Prefeitura se sente sozinha, pois não
temos respostas rápidas em consonância com as necessidades da população. Chegou
ao ponto de termos que distribuir carros-pipa por toda a Pedra do Sal.
Precisamos do senhor, juntamente com seus superiores, de um suporte de agilidade
para os momentos de crise, pois as equipes da Defesa Civil da Prefeitura ficam
24 horas à disposição da população", desabafou.
David Soares propôs a realização de audiências periódicas como forma de
delegar funções a fim de tornar real a resolução dos problemas.
"Precisamos delimitar de onde sairão os recursos para as obras e quem irá
executar. Tudo isso deverá ser feito com a devida prestação de contas para a
população", instigou David.
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Renato
Bittencourt (PTB) |
Renato Bittencourt explanou os inúmeros problemas de alagamentos em
Ilha Grande de Santa Isabel, mais precisamente na região da Vazantinha. Ele
pediu ainda a limpeza dos bueiros no bairro. Em resposta, Gracinha disse que em
relação aos bueiros, os mesmos já estão na lista das equipes da área de
Serviços Urbanos para receberem as obras de limpeza.
“Na próxima semana estas equipes irão para a Ilha para realizarem esse
trabalho de forma ordenada”, prometeu. “Em relação aos Piscinões do Bairro
Piauí, temos um estudo, no entanto infelizmente ele não é mais viável em
virtude do crescimento da cidade, pois além de não solucionar, traria problemas
para o outro lado da cidade”, disse.